O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, propôs uma cimeira com o Presidente russo, Vladimir Putin, num telefonema esta terça-feira. Na conversa, Biden sublinhou o compromisso dos EUA em relação à integridade territorial da Ucrânia, e expressou preocupação devido a um aumento da presença militar russa na Crimeia e nas fronteiras da Ucrânia, segundo a Casa Branca.

“O Presidente Biden também deixou claro que os Estados Unidos vão agir de modo firme em defesa do seu interesse nacional em resposta às acções russas, como ciber-intrusões  e interferências em eleições”, disse a Casa Branca numa breve declaração.

Esta foi apenas a segunda conversa entre os dois líderes desde que Biden tomou posse a 20 de Janeiro, e decorreu quando aumentam as preocupações nos EUA e na Europa sobre o modo como a Rússia está a agir perante a Ucrânia.

Responsáveis ocidentais disseram que a Rússia deslocou centenas de tropas de combate para a fronteira com a Ucrânia este ano, a maior movimentação de tropas russas desde que Moscovo tomou a Crimeia da Ucrânia em 2014.

Tem havido uma escalada de combates nas últimas semanas no Leste da Ucrânia, onde as forças governamentais têm combatido separatistas apoiados pela Rússia num conflito que dura há sete anos e que Kiev diz que matou 14 mil pessoas.

“O Presidente Biden reafirmou o seu objectivo de construir uma relação forte e previsível com a Rússia que seja consistente com os interesses americanos, e propôs que se reúnam numa cimeira num país terceiro, nos próximos meses, para discutir o grande leque de questões entre os EUA e a Rússia”, dizia ainda a declaração da Casa Branca.

Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano, reuniu-se esta terça-feira com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, em Bruxelas, para discutir a ameaça russa. Na quarta-feira está agendada uma conferência de imprensa conjunta com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.