INE: Volume de negócios nos serviços cai 20% em Fevereiro
Em termos médios, a actividade este sector registou, nos últimos 12 meses - fortemente condicionados pela pandemia -, uma quebra média de 18,8%.
O índice de volume de negócios nos serviços acentuou a queda pelo terceiro mês consecutivo, passando de uma queda homóloga de 16,5% em Janeiro, para 20% em Fevereiro, o valor mais negativo desde Junho passado.
Segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), nos últimos 12 meses, marcados pela pandemia covid-19 em Portugal, o volume de negócios deste sector de actividade sofreu uma redução média de 18,8%.
Os índices de emprego, de remunerações e de horas trabalhadas ajustado de efeitos de calendário, apresentaram também reduções homólogas de 9,5%, 8,3% e 25%, respectivamente (-8,5%, -7,6% e -16,5% em Janeiro, pela mesma ordem).
A redução homóloga do pessoal ao serviço foi a mais intensa desde Janeiro 2006 e desde Maio de 2020 que a redução das horas trabalhadas não tinha sido tão expressiva, sendo a contracção média dos últimos 12 meses de 16%, sinaliza o INE.
As secções que mais contribuíram para a variação do índice total, segundo o INE, foram o alojamento, restauração e similares, que continuou a apresentar o contributo mais negativo (-6,7 pontos percentuais), em resultado de uma contracção homóloga de 68% (-57,1% em Janeiro), com o alojamento a apresentar uma redução de 85,2% (-78,5% no mês anterior) e a restauração e similares a diminuir 62,2% no período em análise (-49,3% em Janeiro).
O comércio por grosso, comércio e reparação de veículos automóveis e motociclos, com um contributo de -6,2 pontos percentuais, foi a segunda secção que mais penalizou o resultado agregado.
As actividades de informação e comunicação foram a única secção a apresentar um contributo positivo (0,2 pontos percentuais), passando de uma variação homóloga de -1,7% em Janeiro para 2,8% em Fevereiro.
A variação mensal do índice de volume de negócios foi -5,4% (-0,1% em Janeiro).