Greve Climática volta à rua pelo Dia da Terra para exigir “mobilidade sustentável”

A 23 de Abril há manifestações marcadas para o Algarve, Alcácer do Sal, Aveiro, Caldas da Rainha, Lamego, Lisboa, Mafra, Viseu e Montijo. A 24 de Abril, há eventos online. Activistas do clima vão exigir o cancelamento do projecto do aeroporto do Montijo, da expansão do aeroporto da Portela e reivindicar mais investimento no transporte ferroviário.

Foto
daniel rocha

Depois de, em 19 de Março, terem saído à rua para lembrar que “temos menos de sete anos até esgotar o orçamento de carbono”, os activistas da Greve Climática Estudantil preparam-se para voltar a fazer greve. Desta vez, o pretexto é o Dia da Terra, que se assinala a 22 de Abril, e as acções, divididas em dois dias, vão ser “focadas na mobilidade”, desvenda Andreia Galvão, uma das responsáveis do movimento, ao P3.

Os jovens vão exigir o cancelamento do projecto do aeroporto do Montijo, da expansão do aeroporto da Portela e, mais ainda, querem reivindicar mais investimento no transporte ferroviário — uma “solução que tem sido esquecida”, lamenta a activista, que garante que “a mobilidade sustentável” é um passo importante dos muitos a dar para a sustentabilidade climática.

“Somente em seis meses foram investidos mais de 1,3 mil milhões de euros no resgate da aviação. Precisamos de suprimir os voos internos nacionais e dentro da Península Ibérica, alocando estes fundos na recuperação da ferrovia nacional e internacional e em empregos para o clima. Está na hora de aterrar na ferrovia”, defende Mourana Monteiro, activista e também porta-voz, em comunicado.

A mobilização está marcada para o dia 23 de Abril, para já no Algarve, Alcácer do Sal, Aveiro, Caldas da Rainha, Lamego, Lisboa, Mafra, Viseu e Montijo (este último, por ser a localização do novo projecto aeroportuário, deverá contar com a presença de activistas de outros pontos do país).

Para 24 de Abril está marcado o Climate Live, “um dia de concertos por justiça climática”. O evento online, que conta com mais de 40 países, reúne “artistas, cientistas e historiadores”. A ideia é “perceber como a luta pode ser ainda mais transversal”, afirma Andreia. O evento, que vai decorrer das 15 às 18h30 e das 21 às 23h10, vai ser transmitido nas redes sociais e no YouTube da Greve Climática Estudantil.

Sugerir correcção
Comentar