Village Underground Lisboa vai ter uma Academia de Música Urbana para jovens
A Academia de Música Skoola, destinada “a jovens de todos os backgrounds”, abre a 19 de Abril e garante bolsas para os alunos que não possam pagar. As aulas serão nos contentores, autocarros e salas de eventos do Village Underground Lisboa.
O Village Underground Lisboa inaugura este mês uma Academia de Música Urbana para jovens, co-financiada pelo Fundo Portugal Inovação Social, que conta com uma equipa da qual fazem parte artistas como Pedro Coquenão (Batida) e Karlon.
De acordo com o Village Underground Lisboa, “a Skoola é uma academia onde não há um professor, há muita gente com quem aprender, onde o desenho curricular alia o fazer música ancestral às novas possibilidades criativas trazidas pelo desenvolvimento tecnológico, e onde as aprendizagens decorrem dos objectivos de cada participante”.
A Skoola, “destinada a jovens de todos os backgrounds”, irá funcionar todos os dias da semana entre as 17h e as 20h, “nos contentores, autocarros e salas de eventos do Village Underground (VU), em Alcântara, Lisboa, a partir de 19 de Abril”. Sendo uma “academia aberta a todos, garante bolsas para os alunos que não possam pagar os ciclos ou bootcamps em que queiram participar”.
A academia destina-se a crianças e jovens com idades entre os 10 e 18 anos, residentes na zona de Lisboa. Os interessados devem enviar um email para ola@skoola.pt com nome, idade “e qualquer outra informação que considerem pertinente sobre o seu gosto ou envolvimento com a música”.
Esta nova academia “conta com uma equipa de músicos/facilitadores composta por artistas da comunidade VU, como é o caso de Batida e de Karlon, e com facilitadores graduados pela Guildhall School of Music & Drama e da Escola Superior de Educação e ainda com Rui Miguel Abreu como consultor musical”.
De acordo com o VU Lisboa, “o Instituto Politécnico de Lisboa é o parceiro responsável pela definição do modelo de ensino-aprendizagem a implementar na academia, bem como pelo acompanhamento e monitorização da sua implementação, a formação dos professores e a divulgação científica, nacional e internacional, dos resultados do projecto”.
A aprendizagem na academia “organiza-se em torno de três grandes eixos, interligados pela prática musical e sustentados no desenvolvimento do pensamento teórico: produção e ‘DJing’; criação e composição; performance”.
A Skoola “nasceu do projecto Acorde Maior, um ensemble performativo com 30 jovens residentes da zona metropolitana de Lisboa, que, sob a direcção artística de um grupo de músicos/facilitadores, trabalham processos de exploração criativa através da música”.
Em 2018, decorreram cinco edições do Acorde Maior, “e o alcance foi tão positivo que o VU decidiu fazer crescer o projecto para uma academia de música aberta todo o ano, depois de encontrados parceiros fortes para o seu arranque, nomeadamente o Fundo Portugal Inovação Social, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Montepio como investidores sociais”.
A academia tem ainda como parceiros a Fundação Aga Khan “nas acções de dinamização em territórios específicos de Alcântara”, e a Off!cina dos Sentidos, “responsável pelo acompanhamento motivacional dos participantes”.