Índia: o culto de personalidade que alimenta a maior democracia do mundo

Narendra Modi, primeiro-ministro desde 2014, é apresentado à população como uma “dádiva de Deus” que chegou ao poder para guiar a Índia para a sua era dourada. Num país de milhões de pessoas e de diferentes credos e etnias, tudo gira à sua volta.

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Haverá algum culto de personalidade no mundo democrático que rivalize com o de Narendra Modi? Basta considerar a ostentação de veneração consagrada prestada ao primeiro-ministro indiano no mês passado. No dia 24 de Fevereiro, o maior estádio de críquete do mundo – que custou mais de 100 milhões de dólares [cerca de 85 milhões de euros] e que tinha o nome de um dos mais respeitados pais fundadores da Índia – foi descaradamente rebaptizado pelo Governo de Modi como Estádio Narendra Modi. (A comparação é pouco rigorosa, mas imagine-se que Donald Trump tinha renomeado o Lincoln Center com o seu nome). Quatro dias depois, a agência espacial do país catapultava para os céus um satélite ostentando uma fotografia de Modi. Numa só semana, Modi ficara com o seu nome monumentalizado na Terra e o seu rosto exaltado nas estrelas.

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