A triste história de um Conselho Europeu deprimente
O último Conselho Europeu terminou como começou. Sem qualquer solução à vista.
1. Acabou mais cedo, revelando o cansaço e a falta de soluções dos líderes europeus, depois de um ano tremendo. Teve como convidado especial o Presidente Joe Biden, que foi, por um breve período de tempo, um líder europeu honorário. Remeteu as questões mais intragáveis para os representantes permanentes. Fez um arremedo de ameaça aos países onde o processo de vacinação é mais rápido – leia-se Reino Unido –, que não será mais do que uma forma de pressão. Seria muito pouco avisado proibir a exportação de vacinas para países que exportam para a União Europeia matéria-prima essencial para o seu fabrico, incluindo o funcionamento dos biorreactores necessários para as produzir. A proposta da Comissão para travar a exportação de vacinas teve desde o início a oposição de vários países, entre os quais os nórdicos ou a Bélgica (e também de Portugal, embora mais discretamente, porque tem de manter a isenção própria de quem exercesse a presidência).
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