Superman & Lois: o Super-homem e Lois Lane cresceram
A nova série com Tyler Hoechlin e Elizabeth Tulloch mostra as personagens mais adultas e uma Smallville a morrer. Estreia-se esta quarta-feira, às 22h10, no TVCine Action.
Na semana passada, Liga da Justiça de Zack Snyder trouxe uma nova luz ao Super-homem do cinema que aparecia em Liga da Justiça, em quatro horas da versão de Zack Snyder do seu blockbuster que em 2017 tinha sido completado por Joss Whedon. Esta semana, um outro Super-homem, o da televisão, chega ao TV Action em Superman & Lois, uma nova série com Tyler Hoechlin como Clark Kent/Super-homem e Elizabeth Tulloch como Lois Lane. A estreia da série baseada na banda desenhada da DC é esta quarta-feira à noite, às 22h10, ficando depois a série disponível no novo TVCine+, aplicação que junta os conteúdos dos canais TVCine.
Nesta nova série que se passa no mesmo universo que Arrow e foi desenvolvida por Greg Berlanti e Todd Helbing, vemos um Clark Kent mais velho e adulto — apesar de haver referências ao facto de a personagem mal envelhecer —, com dois filhos gémeos que não conhecem a segunda carreira do pai. No primeiro episódio, Kent é despedido do seu trabalho como jornalista e vê-se obrigado a voltar a Smallville, a terra onde cresceu, quando uma tragédia acontece. Mas a Smallville que encontra não é a mesma cidade rural idílica da sua juventude: com a crise dos opiáceos, bancos predatórios, grandes empresas a tomarem conta de tudo, é um sítio bastante mais desolador.
“Queríamos ter uma abordagem mais baseada na realidade, olhando para o que a vida é hoje. Ver que Smallville é uma cidade que está a morrer... um problema que temos nos Estados Unidos. Também queríamos olhar para como as grandes empresas funcionam nos dias de hoje, não temos medo de pegar nisso”, conta Tyler Hoechlin, via Zoom, ao PÚBLICO a partir de Vancouver, no Canadá, onde a série está a ser rodada. Como tal, “a acção não é a força motriz” da série, mas antes “a família”.
A série “é primeiro do que tudo um drama familiar”, comenta o actor. Existem “as sequências de acção” e a presença do super-herói faz-se sentir, “mas [a série] é sobre estas relações e como um pai que por acaso é o Super-homem pode ser bom pai e bom marido”, resume. O que não quer dizer que não haja vilões super-poderosos para combater. Também não é “uma história de origem”: “Estamos a focar-nos nele, não é ele a tornar-se jornalista, é onde é que ele está na sua vida”.
Hoechlin, que se fez notar ainda adolescente pelo papel em Caminho para a Perdição, de Sam Mendes, em 2002, começou a fazer de Super-homem neste universo há cinco anos. “Era suposto ter feito só dois episódios” de Supergirl, confessa, mas a coisa foi-se encaminhando e retomando o papel em The Flash, Arrow, Batwoman e Legends of Tomorrow. Agora tem a sua própria série.
Não é, contudo, um grande conhecedor do passado da personagem. “Não estou familiarizado com quase nada”, diz. Viu, “em miúdo” e com a mãe, uns episódios de Lois & Clark: As Novas Aventuras do Super-Homem, a série dos anos 1990 com um tom screwball protagonizada por Dean Cain e Teri Hatcher. “Quando descobri que ia fazer a personagem em Supergirl, tomei uma decisão consciente de não ir procurar mais, prefiro confiar nos meus instintos”, diz. Leu, contudo, algumas histórias de banda desenhada recomendadas pelos argumentistas, em que o Super-homem é pai, apesar de este ter só um filho.