Regar ou não o milho? Na Quinta da Cholda os computadores é que decidem
A actividade agrícola é responsável por 75% da água consumida no país, mas ainda há muito a fazer pelo uso eficiente deste bem comum. Mas também há bons exemplos em Portugal. No Dia Mundial da Água mostramos-lhe o que se faz a esse nível (e não só) na Quinta da Cholda.
O dia é de sol intenso e de algum vento. Na Quinta da Cholda, em Azinhaga do Ribatejo, ouve-se o vento e as andorinhas a chilrear, enquanto voam em redor, e entre as laranjeiras vêem-se cavalos e burros a comer, imperturbáveis. À volta, os campos de milho, que constitui a produção da propriedade com 600 hectares de área dedicada à agricultura, estão tranquilos. A época para semear está a chegar, mas ainda não é hoje. Numa sala da quinta, um conjunto de computadores vai ajudar João Coimbra, responsável pela propriedade, a decidir qual será o melhor dia para iniciar a campanha. E são eles também que o fazem dizer, assim que pára o seu Tesla e se aproxima: “Hoje não se podia regar, por uma questão de eficiência.”
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