Uma morte e duas crianças desaparecidas nas inundações em Luanda

O porta-voz do Serviço de Proteção Civil e Bombeiros da capital angolana avisou a população para se afastar de aparelhos eléctricos, para evitar electrocuções.

Foto
Getty Images/Giulio Origlia

Na sequência das chuvas torrenciais que caíram esta terça-feira na cidade de Luanda, em Angola, uma mulher morreu electrocutada e duas crianças estão dadas como desaparecidas. O temporal causou inundações, quedas de árvores, desabamentos de casas e obrigou ao corte de várias ruas na capital angolana.

A chuva caiu de forma constante durante três horas pela manhã, afectando cerca de 80% da cidade, segundo o porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros de Luanda, Faustino Miguéns, citado pela Televisão Pública de Angola (TPA). Além da morte de uma vendedora ambulante que não resistiu a uma electrocussão, duas crianças desapareceram no distrito urbano do Nova Vida.

Faustino Miguéns aconselhou as pessoas a afastarem-se de qualquer aparelho eléctrico para evitar casos de electrocussão.

Há registos de bacias de retenção que transbordaram, de várias árvores caídas sobre viaturas, bem como de quedas de postes de iluminação pública, de acordo com o porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros de Luanda. Vários detritos, lama e água foram acumulando-se nas ruas inundadas da cidade e dos bairros, impedindo a circulação dos moradores.

Num vídeo partilhado na rede social Facebook, observa-se a chuva ininterrupta, a água já a transbordar na estrada, árvores tombadas e vários detritos aglomerados.

A estrada principal do distrito urbano de Samba ficou cortada, devido aos extensos lençóis de água que desceram dos bairros periféricos, e na Rua da Liga Africana foi a queda de uma árvore que forçou a interrupção do trânsito.

A respeito do lixo que se foi acumulando nas ravinas, a governadora provincial de Luanda, Joana Lina, referiu à TPA que a questão “está a ser tratada”.

Os distritos afectados já estão a recolher informações sobre as ocorrências e a situação vai a ser avaliada pelas administrações municipais, juntamente com Joana Lina, segundo informou a TPA.