Biden juntou a esperança ao luto e a América voltou a inspirar-nos

O novo pacote de estímulos mais o avanço na vacinação vão dar à economia americana um impulso que terá um efeito de arrastamento na Europa e no mundo.

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LUSA/JIM LO SCALZO / POOL
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1. Quando assinou na quinta-feira a lei que vai injectar quase 2 biliões de dólares nos estados, nas empresas e, sobretudo, nos bolsos das famílias da América, Joe Biden tomou uma decisão histórica que inscreverá o seu nome no grupo dos Presidentes americanos que agiram em grande escala perante crises de enormes dimensões. Desde que tomou posse, em Janeiro, são raros os dias em que não nos consegue surpreender pela positiva. Não vale a pena ter medo das palavras. Num mundo abalado por uma tremenda crise pandémica, precisávamos de boas notícias e, sobretudo, de uma América que voltasse a ser inspiradora. Joe Biden resolveu oferecer-nos essa América, contrariando quase todas as expectativas. Um político moderado, o mais velho de sempre a entrar na Casa Branca, com uma longa e por vezes atribulada vida política, com tantas derrotas como vitórias, que emergiu inesperadamente do mais amplo e variado leque de candidatos de que há memória em “primárias” do Partido Democrata, transformou em menos de dois meses a sua experiência da vida e do mundo e a sua inegável coragem política numa governação suficientemente audaz para estar à altura da dimensão de uma crise que afectou brutalmente a vida de cada ser humano.

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