Coimbra: CDS abre a porta a coligação com PSD liderada por José Manuel Silva
Concelhia e distrital dos centristas apoiam entendimento com PSD nas próximas autárquicas, mesmo antes de Rio anunciar nomes.
Horas antes de Rui Rio anunciar, em Coimbra, mais 51 candidatos autárquicos pelo PSD, as estruturas locais do CDS dão força a uma ideia de coligação com os sociais-democratas, encabeçada pelo antigo bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva. No final da manhã desta sexta-feira, através de um comunicado, as comissões políticas distrital e concelhia do CDS-PP manifestaram “o seu apoio a uma coligação com o PSD, nas próximas eleições autárquicas, na cidade de Coimbra, liderada pelo candidato Prof. José Manuel Silva”.
O nome do antigo bastonário da Ordem dos Médicos - que foi eleito vereador da Câmara Municipal de Coimbra pelo movimento independente Somos Coimbra, em 2017 - tem vindo a ser apontado como candidato à presidência da autarquia, desta vez encabeçando a lista do PSD. No entanto, a estrutura nacional do partido ainda não confirmou que o seu candidato seria José Manuel Silva.
Ao PÚBLICO, o líder da distrital centrista de Coimbra, Jorge Almeida, explica que a coligação com o PSD “ainda não está fechada”. “Mas estamos a dar passos largos: temos tido conversas, contactos e reuniões”, acrescenta.
O CDS-PP acredita que “esta coligação constituirá uma frente comum que unirá todos os cidadãos que amam a cidade e que não se revêem no projecto socialista que tem transformado Coimbra numa cidade “anestesiada” sem rumo, sem ambição nem desenvolvimento”.
Concelhia e distrital do PSD chegaram a aprovar o também médico Nuno Freitas como o seu candidato à câmara, mas o nome acabou por não ser homologado pela direcção nacional. Numa declaração transmitida no Facebook, em Fevereiro, Nuno Freitas, que era próximo de Miguel Pinto Luz, tornava público que o PSD preferia lançar José Manuel Silva como candidato laranja.
Nuno Freitas, que foi vereador num dos executivos de Carlos Encarnação, deixou críticas à forma como tinha sido conduzido o processo, considerando que o partido deveria “ter aproveitado este tempo para se preparar e para apresentar uma alternativa credível e séria a Manuel Machado”, o socialista que preside à Câmara de Coimbra desde 2013.