João Loureiro ouvido pelas autoridades portuguesas no caso do avião com cocaína

A notícia foi dada pelo próprio empresário numa nota enviada à Agência Lusa.

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Polícia Federal Brasileira

João Loureiro foi ouvido esta quinta-feira pelas autoridades portuguesas no âmbito do inquérito aberto pelo Ministério Público sobre o caso da apreensão de mais de meia tonelada de cocaína no interior do avião da Omni, em Salvador, no Brasil.

“Após ter sido contactado, e de eu ter solicitado que pudesse prestar depoimento no prazo mais curto possível, fui hoje ouvido através de inquirição pelas autoridades competentes nacionais (depois de o ter feito no devido tempo perante as autoridades competentes brasileiras) no sentido de prestar todos os esclarecimentos sobre o acontecido com o avião da Omni, em Salvador, bem como sobre toda a factualidade eventualmente conexa”, refere o empresário, numa mensagem escrita enviada à agência Lusa.

O advogado, que regressou a Portugal a 5 de Março, diz estar “aliviado” e que confia nas autoridades brasileiras e portuguesas.

“Sinto-me aliviado e muito satisfeito pela forma tão rápida e profissional como tudo aconteceu, sendo que, obviamente, tentei colaborar o mais possível, no sentido do apuramento da verdade sobre tudo que se passou. Confio plena e absolutamente na experiência e capacidade das autoridades nacionais competentes, tal, como, aliás, nas brasileiras”, assume o antigo presidente do Boavista Futebol Clube.

Segundo João Loureiro, “é agora tempo de dar espaço” às autoridades brasileiras e nacionais para fazerem o seu trabalho, desejando que “tenham o máximo sucesso no apuramento da verdade”.

O empresário recorda que o processo “está em segredo de justiça”, acrescentando que foi informado pelas autoridades nacionais de que não pode “prestar quaisquer outras declarações públicas”, além desta mensagem.

“Assim, e apesar de muitas e enormes falsidades e mentiras publicadas a meu respeito nas passadas semanas, não prestarei, até momento oportuno, mais quaisquer declarações públicas sobre a matéria, aproveitando apenas, para, como o futuro melhor do que qualquer outra coisa provará, reafirmar vincadamente que sou completamente alheio ao acontecido”, reiterou João Loureiro.

Quando regressou a Portugal, há cerca de uma semana, João Loureiro assumiu que foi “ingénuo” ou “utilizado” na situação que culminou na apreensão de mais de 500 quilogramas de cocaína no interior do Falcon 900, sublinhando que foi “abruptamente envolvido num autêntico furacão”.