Covid-19: Portugal com 847 casos e 30 mortes. Número de doentes em cuidados intensivos desce há 25 dias

Há mais 1872 casos recuperados, menos 125 pessoas internadas e menos 30 nos cuidados intensivos. Os dados, revelados nesta terça-feira à tarde pela Direcção-Geral da Saúde, são referentes à totalidade do dia de segunda-feira.

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Lousada, Portugal Nelson Garrido

O número de doentes portugueses internados em unidades de cuidados intensivos (UCI) desceu nesta terça-feira pelo 25.º dia consecutivo (desde 13 de Fevereiro). Segundo o último boletim da Direcção-Geral da Saúde (DGS), há menos 125 pessoas internadas nos hospitais portugueses (num total de 1278) e menos 30 pessoas nos cuidados intensivos (num total de 312).

Portugal registou, na segunda-feira, 847 novos casos de covid-19 e 30 mortes associadas à doença. No total, desde o início da pandemia, o país soma 811.306 infecções confirmadas e 16.595 vítimas mortais. Os dados, revelados nesta terça-feira à tarde pela DGS, são referentes à totalidade do dia de segunda-feira.

Nesta segunda-feira, na reunião em que se discutiu a situação epidemiológica do país e se revelaram detalhes sobre um possível plano de desconfinamento, Baltazar Nunes, epidemiologista do Instituto Ricardo Jorge, disse que a tendência de novos casos no país é “decrescente”, prevendo que a 15 de Março Portugal esteja “muito perto dos 60 casos por cem mil habitantes” e com uma taxa de ocupação das unidades de cuidados intensivos que é a desejada”. As mais recentes previsões apontam para que no final do mês de Março estejam 120 doentes internados em UCI. 

Grande parte das vítimas mortais que constam do boletim tinha mais de 80 anos (foram contabilizadas 12 mortes nesta faixa etária) e entre 70 e 79 anos (foram registadas 11 mortes nesta faixa etária). Foram ainda registados seis óbitos em pessoas entre os 60 e os 69 anos e um homem que tinha entre 50 e 59 anos. Os dados do relatório da DGS indicam que, do total de mortes registadas, 8696 são homens e 7899 são mulheres. Das 16.595 pessoas que morreram até à data de covid-19 em Portugal, 10.970 tinham acima de 80 anos, o que corresponde a 66,1%.

No boletim diário da autoridade da saúde constam ainda mais 1872 casos recuperados (num total de 734.218 desde o início da pandemia). Existem, assim, menos 1055 casos activos, o que significa que 60.493 portugueses ainda lidam com a doença (o número mais baixo desde 31 de Dezembro). Há 22.096 contactos em vigilância pelas autoridades, menos 1785 do que no último balanço.

Lisboa e Vale do Tejo e Norte com grande parte dos casos

Grande parte dos novos casos foi registada em Lisboa e Vale do Tejo (288 novas infecções, o que corresponde a 34%) e na região norte (147 casos, o que corresponde a 17,3%). O Norte continua a ser a região com o maior número de casos acumulados: há 327.781 casos confirmados e 5263 mortes. Lisboa e Vale do Tejo é a segunda: são 307.226 os registos de infecção e 6981 mortes por covid-19 — e é a região do país com mais vítimas mortais.

Segundo explicou Baltazar Nunes na reunião no Infarmed, a região de Lisboa e Vale do Tejo apresenta uma taxa de incidência da covid-19 na população acima da média nacional: “Há alguma diversidade. Algarve, Alentejo, Centro e Norte já se encontram abaixo dos 120 casos por cem mil habitantes. O mesmo não se observa em Lisboa e Vale do Tejo.”

Centro contabiliza 115.711 infecções (63 novas) e 2957 mortes (mais seis). O Alentejo totaliza 28.662 casos (três novos) e 959 mortes (mais uma). No Algarve, há 20.254 casos de infecção (mais quatro) e 344 óbitos. A Madeira regista 7866 casos de infecção (344 novos) e 63 mortes desde o início da pandemia. Já os Açores registam 3806 casos e 28 mortes.

Segundo a DGS, o relatório reflecte uma descida do número total de casos nos Açores “por força da necessidade de transferência de três casos para as respectivas regiões de ocorrência”, tendo sido notificado um caso nesta região no dia em análise. A autoridade da saúde diz também que 92% dos novos casos registados na Madeira “teve um período entre o diagnóstico e a notificação superior a 48 horas” devido a um problema informático de um laboratório na região, falha esta que se encontra em processo de regularização”.

Os primeiros pormenores de um possível plano de desconfinamento foram apresentados nesta segunda-feira, no Infarmed, por especialistas. O plano final e oficial só será apresentado na quinta-feira pelo Governo, que quis ouvir os peritos antes de revelar o documento que guiará a abertura do país.

Foi a Raquel Duarte, da Administração Regional de Saúde do ​Norte e do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, que coube traçar linhas para o futuro: apresentou uma proposta para um plano de redução das medidas restritivas devido à covid-19 que prevê, numa primeira fase, a reabertura das creches e do pré-escolar e dos locais de trabalho sem contacto com o público, tal como venda ao postigo.

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