Lisboa terá uma minifloresta com “hotéis” para insectos e mais de 600 plantas

A iniciativa está integrada na Lisboa Capital Verde 2020 e surgiu no âmbito do projecto europeu 1Planet4All, implementado pela ONGD VIDA

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A cidade de Lisboa terá uma nova mini-floresta, a “FCULresta”. O projecto é desenvolvido pela Faculdade de Ciências de Lisboa (FCUL) e pretende criar ao longo do campus da universidade uma “mini-floresta densa, biodiversa e multifuncional, em pleno centro urbano”.

De acordo com a publicação da página da Lisboa Green Capital, criada para comunicar as iniciativas no âmbito da eleição como capital verde europeia, o local da plantação é actualmente um relvado pouco cuidado, com pouca utilidade, com baixa capacidade de absorção de carbono e pouca diversidade vegetal.

Com a criação deste espaço, nascerá um “laboratório vivo, para que alunos e investigadores possam analisar o impacto desta alteração no ecossistema.”

A plantação desta floresta decorreu ao longo da primeira semana de Março e contou com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e de muitos munícipes. Conforme se pode ler na publicação da autarquia, “graças ao aproveitamento de resíduos verdes e orgânicos [dos cidadãos], foi possível produzir cerca de 22 toneladas de composto e enriquecer o solo da nova mini-floresta da Faculdade de Ciências Humanas de Lisboa”. Todo o método de plantio “não utiliza produtos químicos nem requer muita manutenção”, esclarece a Lisboa Green Capital.

De acordo com a informação no site da faculdade, graças à sua densidade esta floresta vai conseguir captar mais carbono, promover mais biodiversidade e tornar-se-á numa floresta densa e multifuncional com mais de 600 plantas

Na publicação da Lisboa Green Capital lê-se ainda que, “para acolher diferentes espécies, este espaço conta com dois hotéis para insectos (um só para joaninhas), um refúgio para anfíbios e ainda sensores de monitorização do solo.”

O método utilizado para criar esta floresta foi o Miyawaki. De acordo com a FCUL, esta técnica permitirá à floresta “ter um crescimento bastante rápido; alta taxa de absorção de carbono; excelente capacidade de atracção de animais e plantas, boa capacidade de processamento da água da chuva; melhoria da qualidade do ar e redução da poluição sonora; ajuda no conforto térmico local”.

A plantação estava prevista para Dezembro, pois a técnica utilizada é mais propícia à plantação no Inverno. Devido aos constrangimentos causados pela pandemia, a ideia foi sendo sucessivamente adiada, tendo arrancado por isso só este mês.

As expectativas para o futuro desta iniciativa são boas, e caso tenha sucesso pode ser replicada noutras cidades.

Texto editado por Ana Fernandes

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