Misericórdias sem mortes — “números espectaculares” que são “consequência directa da vacinação”
Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), diz que este é “um resultado fantástico que deve animar os portugueses”.
Os lares das misericórdias não registaram esta semana mortes por covid-19, “números espectaculares” que são “consequência directa da vacinação” e uma “queda abrupta” face aos 140 óbitos registados numa semana no início de Fevereiro.
De acordo com Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), este é “um resultado fantástico que deve animar os portugueses”.
“Esta semana não se registaram óbitos. É ainda um relatório preliminar, pode acontecer que ainda se venha a verificar algum óbito, mas estamos perante números espectaculares, quando há cerca de um mês tivemos a lamentar 140 óbitos numa semana e, portanto, penso que isto é uma boa notícia para todos os portugueses e para todos os idosos que foram vacinados. É óbvio que é uma consequência directa da vacinação”, disse à Lusa.
A vacinação ainda não está concluída nos lares das misericórdias, havendo ainda alguns surtos que obrigam a adiar a vacinação de idosos e funcionários até estarem resolvidos, mas Manuel Lemos diz que, no global, se sente um efeito da vacinação também nas hospitalizações e novos casos, que estão em queda.
“Não significa com isto que temos de tirar o pé do acelerador em termos de guarda. Nós temos que continuar a manter a guarda alta, mas obviamente que são notícias que nos regozijam a todos”, disse.
Contactado pela Lusa, o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), padre Lino Maia, disse não ter ainda números actualizados, mas sublinhou um “significativo decréscimo” no número de surtos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.570.291 mortos no mundo, resultantes de mais de 115,5 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.486 pessoas dos 808.405 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.