Marcelo cria equipa para reforçar vigilância a dinheiro que vier de Bruxelas

Bernardo Pires de Lima será o responsável para a área política no segundo mandato do Presidente da República.

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Marcelo Rebelo de Sousa LUSA/TIAGO PETINGA

Vai haver gente nova no Palácio de Belém para o segundo mandato presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa. A principal novidade é Bernardo Pires de Lima, presidente do Conselho de Curadores da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), que será o responsável pela área política, agora denominada Área Estratégica e Prospectiva, segundo revela o Expresso na sua edição desta sexta-feira.

Este é um sinal de que o Presidente da República vai estar muito atento à gestão dos milhões que virão de Bruxelas para o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “O novo Quadro Comunitário de Apoio e a execução do PRR vão obrigar a um acompanhamento muito próximo”, explicou Marcelo Rebelo de Sousa ao semanário.

O Presidente definiu como grande objectivo o “desenvolvimento sustentável do país”, razão pela qual a sua Casa Civil passará a funcionar agrupada por três grandes áreas: Desenvolvimento Institucional Sustentável; Desenvolvimento Humano e Social Sustentável; e Desenvolvimento Económico Sustentável. Será a partir destes eixos — que em Belém se reconhece anteciparem um segundo mandato “muito mais exigente” — que Marcelo Rebelo de Sousa tenciona dar “cobertura reforçada a várias temáticas” nacionais, a começar pela “luta contra a pandemia”, pela “luta contra a crise” e pelo PRR.

Ainda segundo Expresso, a nova Casa Civil do Presidente passa a ter 62% de mulheres e 38% de homens. A idade média baixa de 51 para 46 anos. E passa a contar com duas mulheres de origem africana: Djaimilia Pereira de Almeida, uma escritora portuguesa nascida em Angola, que foi escolhida para consultora para os temas da Integração e Inclusão Social; e Patrícia Pereira, major da GNR, que irá integrar a Casa Militar do Presidente.

Entre os novos nomes estão ainda Maria José Policarpo, que integrou o gabinete do ex-ministro do PSD Luís Filipe Pereira quando este presidiu ao Conselho Económico e Social (o que confirma a aposta do Presidente na atenção às empresas e à concertação social); a actual presidente do Conselho Nacional da Juventude, Rita Saias; duas antigas deputadas de direita, Inês Domingos, do PSD, e Patrícia Fonseca, do CDS; a actual embaixadora de Portugal em Moçambique, Amélia Paiva (que vai dirigir a Assessoria Diplomática); e ainda a astrobióloga Zita Martins e a médica Isabel Aldir, directora do Programa Nacional contra o VIH e a Tuberculose (que olharão pela Ciência).

O PÚBLICO já tinha avançado que Marcelo teria de renovar a equipa política de Belém, depois de ter decidido mudar o chefe da Casa Militar e a assessoria diplomática. As saídas de António Araújo e de Paulo Sande foram então anunciadas, assim como a do assessor de imprensa Paulo Magalhães e a da assessora diplomática, Ana Martinho, que atingiu o fim da carreira.

Marcelo Rebelo de Sousa toma posse para o segundo mandato na próxima terça-feira.

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