O PÚBLICO faz 31 anos. E depois? O que vai o Festival acrescentar ao meu futuro?

Entre os dias 5 e 7 de Março, o PÚBLICO celebra o seu 31.º aniversário, com um Festival P em formato digital, sob o mote “O Mundo de Amanhã”. Os formatos, o modo de acesso, o programa e outras questões são respondidas de seguida, ao jeito de pergunta-resposta.

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O PÚBLICO faz 31 anos. E depois?

Ao longo de três dias, o PÚBLICO convida os seus leitores a celebrar o futuro. O mote é “O Mundo de Amanhã” e em mais de 20 eventos o jornal quer deixar algumas pistas para antevermos um futuro com sentido para lá destes dias de incerteza.

O Festival P, pelos constrangimentos da pandemia, é um evento totalmente digital e vai poder ser visto em salas com lotação limitada, na nova plataforma de vídeo em directo do Público, o Ao Vivo, no Facebook e no Youtube. O programa, que pode ser consultado aqui, integra conferências, conversas, workshops, música e teatro, a maior parte de acesso livre.

Para além do Festival P, o PÚBLICO celebra os seus 31 anos de existência com uma edição especial, a edição de 5 de Março, em que o cientista e pensador Manuel Sobrinho Simões será o director convidado, e com uma série de entrevistas. A socióloga Lígia Amâncio, o vice-presidente do Banco Central Europeu, Luís de Guindos, António Vitorino, da Organização Europeia para as Migrações, o filósofo João Pedro Cachopo, o primeiro-ministro António Costa, a investigadora na área da psicologia Helena Marujo, e Soumya Swamintha, directora da Divisão de Ciência da Organização Mundial de Saúde, vão-nos ajudar a vislumbrar “o mundo de amanhã”.

Como posso assistir ao Festival P?

É fácil. Para os assinantes do PÚBLICO o acesso é total, basta que se registem atempadamente em cada um dos eventos – há um limite de audiência nas salas de alguns deles. Para quem ainda não é assinante do PÚBLICO, o bilhete de entrada nas conferências reservadas e nos espectáculos de música e teatro custa cinco euros e existe um bilhete de acesso total por 20 euros. Os eventos decorrem numa sala Zoom e a privacidade está garantida: não necessita ter a câmara ou o microfone ligado.

Algumas das conferências, todas as conversas e os workshops serão de acesso livre, e essas pode vê-las na nova plataforma de vídeo em directo do Público, o Ao Vivo, no Facebook e no Youtube.

São três dias a olhar para o futuro que começam na sexta-feira, dia 5, pelas 18h00 com a intervenção do Presidente da República, “O Mundo de Amanhã - Portugal”, prosseguem com um dia cheio no sábado e só termina no domingo pela hora do almoço com dois workshops.

Como sei que estou inscrito?

Nos eventos reservados, após a inscrição ou a compra do bilhete receberá um e-mail com os dados de acesso à sala de Zoom do evento e o seu código individual de entrada.

O processo é muito simples, mas se tiver alguma dúvida pode colocá-la por e-mail, para assinaturas.online@publico.pt.

O que vai Festival vai acrescentar ao meu futuro?

O cruzamento de várias visões do mundo que nos espera é fundamental para prepararmos o futuro e entender melhor aquilo que se perfila cada vez mais como um novo tempo. Se a incerteza é uma das marcas de água das previsões, podemos, apesar de tudo, tentar olhar o horizonte. Assim, convocámos um painel de personalidades de diferentes áreas, para nos falar do Mundo de Amanhã.

Nas conferências, vai ser possível interagir com a visão do mundo desde o Brasil de Fernando Henrique Cardoso, ouvir palavras do cientista António Damásio, do presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, escutar D. Manuel Clemente a falar sobre espiritualidade, e ver novas propostas para a cultura da artista Grada Kilomba e da escritora Dulce Maria Cardoso.

E como são os concertos em directo? Posso levar os amigos?

Pode e deve, nunca esquecendo de cumprir as regras do bom distanciamento social. O programa tem dois concertos. Na sexta-feira, o grupo Kiko and The Blues Refugees entra no palco virtual com a promessa de “tentar dar uma visão de studio session, com um som mais limpo do que aquele apresentado ao vivo, com público”, revela Kiko Pereira. “Gostamos muito mais de tocar com público presente, mas neste formato podemos ser mais intensos e mostrar os pormenores das nossas músicas”, acrescenta.

Sábado é a vez de Dino D'Santiago apresentar “uma coisa única, em mais de 20 anos de carreira: um concerto com um repertório de activismo contra a discriminação social”. Para isso, diz, vai reunir todos os artistas com quem trabalhou até agora neste registo. “Serão 12 temas, 12 cenários diferentes.” Todos os músicos actuarão sem cachet e os donativos obtidos durante o concerto serão doados à associação SOS Racismo.

Uma peça de teatro para Zoom? O que é isso?

Já que não podemos ir ao teatro, vem o teatro bater à porta, via Zoom. Sábado, mesmo a tempo de se sentar no sofá, o grupo Palmilha Dentada traz-lhe Bazuca News. O “ministro” do Ambiente vai ser entrevistado sobre os grandes temas da actualidade e não esqueceu a preparação: viu mais de cinco vídeos sobre açorda de camarão. Para salvar o dia, surge o super-assessor, o Homem Improvável. “Esta ideia de fazer teatro via Zoom nasceu em Março [de 2020] e tentamos que seja um sucedâneo do teatro presencial. Por isso, pedimos às pessoas que deixem as câmaras e os microfones ligados, para haver mais interactividade. Se alguém se rir durante o espectáculo, vamos todos ver a cara da pessoa”, explica o encenador Ricardo Alves. Antes e depois da peça, os espectadores serão cumprimentados um a um.

Espiritualidade e neurobiologia são temas que podem estar interligados?

Talvez. Depende da perspectiva de quem assistir às conferências de D. Manuel Clemente (sexta-feira), e de António Damásio, um dos cientistas portugueses de maior reconhecimento a nível internacional (sábado). Se o Cardeal Patriarca de Lisboa vai abordar os reflexos da espiritualidade humana face aos ensinamentos do tempo presente como antevisão do futuro, o neurocientista terá, necessariamente, uma visão mais pragmática acerca do conhecimento destes tempos de peste e como lhes resistir.

E as Conversas? O que posso esperar delas?

Abordagens diferentes e complementares sobre temas como a nossa saúde, a vida em família e o bem-estar no pós-pandemia ou qual a influência desta crise sanitária na natalidade. Três painéis distintos, com alguns cronistas do PÚBLICO e outros convidados, nomes bem conhecidos como Carmen Garcia, Júlio Machado Vaz, Gustavo Carona ou Ana Stilwell.

Num outro palco, falar-se-á dos desafios que os mais jovens enfrentam para encontrar emprego: que competências são valorizadas? Que mercado de trabalho haverá? Ricardo Lima, head of start-ups da Web Summit, vai ser o alvo das perguntas de quatro colunistas do Megafone do P3.

Tempo de aniversário também pode ser tempo de balanços e de traçar metas. Por isso, à mesma mesa virtual vai juntar-se a direcção do PÚBLICO para debater jornalismo independente, fake news, interesse público, compromissos, responsabilidade e transparência dos jornais. A sessão é aberta a perguntas e reservada a assinantes. E como o digital é incontornável, há uma sessão dedicada a jornalismo de dados, multimédia e podcasts, com vários jornalistas do PÚBLICO que explicarão o que são estas áreas onde o jornal tem investido fortemente nos últimos tempos

Para que servem os Workshops?

Estes tempos de confinamento podem ser a época ideal para repensar um conjunto de acções que fazemos, ou não, no nosso quotidiano. Assim, além da identificação dos desperdícios que geramos na nossa cozinha, são apontadas soluções, com Eunice Maia (Maria Granel); saber-se-á um pouco mais sobre comida saudável, com Eva Madeira (Eva Goodlife), exercício físico para crianças e pré-adolescentes, com o ginásio online Kids On, e cozinhar com felicidade em família, por Patrícia Vilela (Forking Amazing). E quem nos garante que tudo não está interligado com o sector das Conversas e o tema “A Família Confinada”? Só vendo para descobrir.

O que têm em comum um copo de bom vinho e a emoção de um livro?

Há quem defenda que é um casamento com tudo para resultar, num final de tarde, ou noite. Mas não é obrigatório. Quer um, quer outro, são óptimos pretextos para contar histórias, memórias e sentimentos. No caso dos vinhos, sexta-feira, com “respostas para iluminar o confinamento”, com produtores activos em diferentes regiões de norte a sul do país. Nomes incontornáveis da nossa modernidade vínica como Anselmo Mendes ou Dirk Niepoort. Se quiser esperar para decidir que vinho pode casar melhor com livros de eleição, basta esperar por sábado. As editoras da Bertrand, Asa, Penguin Random House e Leya destapam a estante de “Os Livros do Nosso Sossego” para os próximos meses.

Para que quero ser assinante de um jornal, se posso ter acesso à informação na Net?

O desígnio do PÚBLICO, desde o primeiro dia, é o compromisso e a responsabilidade de, diariamente, trabalhar para continuar a merecer a confiança dos nossos leitores. Afinal de contas, a razão da existência do jornal.

Nos dias que correm, nem todas as notícias que luzem são ouro. Por isso, devem ser questionadas. De onde surgem? Têm interesse público? Existe transparência na publicação de determinada informação? Quem me ajuda a filtrar as fake news? É preciso saber ler a realidade para construir um futuro melhor. O PÚBLICO trava essa batalha diária há 31 anos.

A aposta na credibilidade, no jornalismo de investigação e na diversidade de projectos (livros, viagens, lazer, cultura, etc.) exigem um esforço suplementar de todos. Um número cada vez mais crescente de leitores confia no PÚBLICO para lhes prestar informação verdadeira e íntegra. Prova disso foi a duplicação de assinantes de 2019 (15.466) para 2020 (30.965), além do aumento de 43 por cento de visitas ao site. A circulação total paga – venda de jornais impressos, assinaturas online e vendas digitais – subiu 34 por cento no mesmo período.

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