Vacina da Johnson & Johnson deve ser aprovada na União Europeia no início de Março
A luz verde da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) é esperada a 11 de Março, depois de o pedido de autorização de emergência ter sido feito a 16 de Fevereiro. Se tal acontecer, a vacina da Johnson & Johnson será a quarta a obter autorização de mercado, a seguir à da Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca.
O regulador de medicamentos da União Europeia (UE) deve recomendar o uso da vacina contra o novo coronavírus da Johnson & Johnson no início do próximo mês, avança a Bloomberg, que cita fonte da UE.
A luz verde da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) é esperada a 11 de Março, disse a mesma fonte. Se tal acontecer, a vacina da Johnson & Johnson será a quarta a obter autorização de mercado, a seguir à da Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca, e poderá ajudar a colmatar a escassez de vacinas que muitos países estão a enfrentar.
A EMA já tinha dito que deveria conceder uma autorização de emergência à vacina da farmacêutica americana Johnson & Johnson em meados de Março desde que os dados fornecidos pela farmacêutica fossem “suficientemente abrangentes e robustos” no que se refere à “eficácia da vacina, à sua qualidade e segurança”, mas ainda não havia data concreta para a decisão final. O pedido de autorização para o uso da vacina foi feito ao regulador a 16 de Fevereiro.
O processo de avaliação mais rápido no que no caso de algumas vacinas anteriores é possível, segundo a agência, porque a EMA “já recebeu dados” da farmacêutica durante o processo de revisão contínua da mesma vacina, que tinha sido iniciado em Dezembro de 2020.
Se a EMA emitir um parecer favorável à vacina da Johnson & Johnson a Comissão Europeia ainda tem de tomar “uma decisão” sobre a comercialização da vacina em todos os Estados-membros da União Europeia (UE), mas Ursula von der Leyen já disse que a comissão estará pronta para dar a autorização assim que a EMA emitir um parecer científico positivo”.
O presidente da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), Rui Santos Ivo, anunciou a 16 de Fevereiro que Portugal deve receber no segundo trimestre do ano as primeiras doses desta vacina. No final de Janeiro, o director médico da Janssen (companhia farmacêutica da Johnson & Johnson) afirmou à Lusa que se mantinha o compromisso de disponibilizar na União Europeia os 200 milhões de vacinas no segundo trimestre deste ano, altura em que Portugal receberá as primeiras 1,25 milhões de doses.
A vacina de dose única da Johnson & Johnson já foi considerada eficaz pelo regulador americano do medicamento (FDA), segundo documentos divulgados na quarta-feira, mas ainda não foi aprovada. A eficácia da vacina é de 85,9% contra as formas graves da doença nos Estados Unidos.