França estabelece regras para festivais de Verão no meio da incerteza pandémica

O Ministério da Cultura francês autoriza espectáculos e concertos podem acontecer desde que o público não exceda as cinco mil pessoas e esteja sentado.

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Foi criado um fundo de 30 milhões de euros que será disponibilizado para compensar os festivais e espectáculos que tiverem que fazer alterações ou cancelar os planos Diogo Ventura

Os festivais e concertos de Verão poderão acontecer em França, este ano, apesar da persistente crise pandémica que está a impedir a realização de espectáculos. As regras desta abertura são que a audiência esteja limitada a cinco mil pessoas com público sentado, anunciou a ministra da Cultura do país, esta quinta-feira. As vilas e as cidades de toda a França poderão receber todo o tipo de entretenimento, desde festivais de jazz até aos teatros ao ar livre.

O anuncio da ministra da Cultura, Roselyne Bachelot, surge depois das várias insistências das empresas e dos profissionais que organizam eventos, que estão dependentes das restrições existentes e da falta de certezas sobre quando a pandemia terminará.

“É essencial darmos visibilidade aos nossos organizadores dos festivais que, no início do ano, devem decidir se prosseguem [os festivais e espectáculos] e em que formato, mesmo que a pandemia continue a criar incertezas”, confirma o Ministério da Cultura. As regras agora apresentadas aplicam-se a eventos interiores e exteriores de toda a França.

Actualmente, em todo o território francês mantém-se o recolher nocturno obrigatório das 18h às 6h da manhã, e os restaurantes, bares, museus, teatros e salas de concerto continuam todos fechados até que o confinamento termine.

O Ministério da Cultura reafirma ainda que se a crise de saúde pública se agravar o limite de participantes nos espectáculos e nos concertos, assim como os outros protocolos de segurança, terão de ser modificados e redefinidos. Foi ainda criado um fundo de 30 milhões de euros que será disponibilizado para compensar os festivais e espectáculos que tiverem de fazer alterações ou cancelar os planos, acrescentou o Ministério.