Registados picos de casos de covid-19 na PSP e bombeiros em Janeiro
A informação foi veiculada aos deputados da primeira comissão pelo ministro da Administração Interna.
O ministro da Administração Interna disse nesta quarta-feira que se registaram em Janeiro picos de casos de covid-19 nas forças de segurança e nos bombeiros, tendo atingido 10% do efectivo da PSP e mais de 500 bombeiros.
“Tivemos picos em Janeiro de infecções e de isolamento profiláctico nas forças de segurança, que chegaram a atingir no caso da PSP cerca de 10% do efectivo”, disse Eduardo Cabrita aos deputados da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, referindo que na GNR os números foram menores.
O ministro avançou também que mais de 500 bombeiros estiveram infectados com covid-19 ou de quarentena em Janeiro.
Eduardo Cabrita sublinhou que foi na segunda quinzena de Janeiro que se registou este “nível mais elevado”.
O governante garantiu que estes casos de covid-19 nas forças de segurança e nos bombeiros não colocaram em causa a capacidade operacional e de resposta no âmbito do combate à pandemia e do estado de emergência.
Neste sentido, o ministro explicou que, integrados nas funções essenciais do Estado, os elementos das forças de segurança e os bombeiros são prioritários no processo de vacinação contra a covid-19.
Contra-ordenações levantadas este ano são superiores a 2020
Mais de 13 mil contra-ordenações foram levantadas pelas polícias em Janeiro e Fevereiro no âmbito do estado de emergência, anunciou também o ministro da Administração Interna, avançando que os autos instaurados nesse período foram superiores aos registados em 2020.
Na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, Eduardo Cabrita precisou que, em Janeiro e Fevereiro, foram aplicadas 13.300 contra-ordenações, enquanto em todo o ano de 2000 foram registadas 5000. “O número de autos instaurados entre 15 de Janeiro e 15 de Fevereiro foi superior a todo ano de 2020”, frisou.
O ministro disse também que se registou um “incremento significativo” de detenções e encerramentos de estabelecimentos no âmbito do estado de emergência decretado para combater a pandemia de covid-19.