UE compra mais 200 milhões de doses da vacina da Pfizer-BioNtech e 150 milhões da Moderna
Os primeiros 75 milhões de doses da Pfizer-BioNtech devem ser fornecidos ainda durante o segundo trimestre de 2021, e as doses da Moderna durante o terceiro e o quarto trimestre, dizem as empresas, em comunicado.
A Comissão Europeia fez novas compras das duas vacinas que melhor se estão a comportar face às novas variantes e a conseguir satisfazer as encomendas, as da Pfizer-BioNtech e as da Moderna. Comprou mais 200 milhões de doses da vacina contra a covid-19 ao consórcio Pfizer-BioNtech, para serem entregues até ao final deste ano, e 150 milhões à Moderna, anunciaram as empresas em comunicado.
Durante o segundo trimestre deste ano devem ser entregues 75 milhões das doses da vacina da Pfizer-BioNtech, diz o consórcio, e as doses da Moderna durante o terceiro e quatro trimestres, avança a Moderna. O contrato assinado pela Comissão Europeia com a empresa de biotecnologia norte-americana prevê ainda a possibilidade de vir a fornecer mais 150 milhões de doses de vacinas da Moderna para 2022, diz o comunicado.
Mas a Pfizer-BioNtech está ainda a dever à União Europeia dez milhões de doses, que deveria ter entregue em Dezembro, noticia a Reuters - tanto as empresas como a Comissão Europeia recusaram-se a comentar esta informação avançada pela agência noticiosa.
O novo acordo com a Pfizer-BioNtech prevê ainda a possibilidade de a União Europeia adquirir ainda mais cem milhões de doses. A União Europeia tinha já adquirido 300 milhões de doses desta vacina, para serem entregues durante 2021 – com este novo contrato, o total de doses compradas da vacina da Pfizer-BioNtech, baseada na nova tecnologia do ARN-mensageiro, eleva-se a 500 milhões, com o potencial de chegar a 600 milhões.
A União Europeia fica assim com um total de 2500 milhões de vacinas contra a covid-19 adquiridas, com este reforço agora de 350 milhões de doses. Até agora, a UE tinha adquirido cerca de 2200 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, embora as dificuldades de cumprimento do contrato da AstraZeneca (a encomenda era de 400 milhões de doses) tenham representado um forte atraso na campanha de vacinação, e várias das farmacêuticas às quais foi comprado maior volume de doses estão ainda atrasadas no desenvolvimento da sua vacina (como a alemã CureVac, à qual foram comprados 405 milhões de doses, por exemplo).
“Com este novo acordo com a Comissão Europeia, esperamos fornecer doses suficientes para vacinar pelo menos 250 milhões de europeus antes do fim do ano”, comentou Albert Bourla, o administrador da farmacêutica Pfizer, responsável pela produção e distribuição pelo mundo da vacina desenvolvida pela BioNtech.
A BioNtech está a começar a pôr a funcionar novas fábricas na Alemanha, nomeadamente em Marburg – para que, disse Ugur Sahin, administrador da empresa, seja possível fabricar dois mil milhões de doses da vacina em 2021.
Testes laboratoriais têm mostrado que esta vacina se mantém eficaz contra as novas variantes do coronavírus em circulação. Ugur Sahin tem assegurado, no entanto, que se for preciso actualizar a vacina o processo técnico não seria demorado, levaria pouco mais do que um mês, e seria relativamente simples.