Flávio Alves, o oftalmologista que encontrou no vinho do Porto a sua doce obsessão

É um coleccionador tardio - “o primeiro vinho que me soube bem foi o Dão Meia Encosta” - e hoje tem uma colecção de mais de sete mil garrafas, duas mil das quais de vinho do Porto.

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Flávio Alves tem uma colecção de mais de sete mil garrafas de vinho Nelson Garrido

Em Maio de 2015, Flávio Alves, médico oftalmologista no Hospital de São João, no Porto, e com três clínicas próprias, foi a Londres participar num leilão de uma garrafa de Porto Vintage 1815 da Ferreira, a convite da Sogrape. O preço base anunciado pelo leiloeiro da Sotheby's foi de 3800 libras e Flávio Alves ofereceu 4500 libras. Feito o lance, olhou para a mulher e ficou sentenciado com “a cara feia” que ela lhe fez, percebendo que tinha terminado ali o sonho de enriquecer a sua garrafeira com um dos vinhos do Porto mais antigos, produzido quando Dona Antónia Adelaide Ferreira tinha apenas quatro anos. Poucos minutos depois, um auditor bancário português que na altura vivia em Londres subiu a parada para 5 mil libras (6800 euros na altura) e ficou com a garrafa. Se tivesse ido sozinho, Flávio Aves teria oferecido mais, confessa, e o auditor também teria ido mais longe, como reconheceu no final.

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