Fórmula 1 em Portugal dependente “de público ou de apoio do Governo”

A decisão terá de ser tomada até meados de Fevereiro.

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Portugal quer receber novamente um Grande Prémio de F1 LUSA/Miguel Medina / Pool

O regresso da Fórmula 1 a Portugal está dependente de “haver público” ou, “não podendo haver público, de um apoio do Governo”, revelou nesta quinta-feira o presidente da Federação Portuguesa de Automobismo e Karting (FPAK).

Em declarações à Agência Lusa, Ni Amorim adiantou que o prazo para uma tomada de decisão em relação à possibilidade de haver prova, prevista para o início de Maio, “foi prorrogado para meados de Fevereiro”.

“Era até final do mês [de Janeiro] que tinha de se tomar uma decisão, que foi prorrogada para meados de Fevereiro. A questão continua a prender-se com haver ou não público, o que nesta altura é difícil prever”, frisou.

No Amorim admitiu que “é preocupante” haver notícias de circuitos alternativos para acolher a prova de 2 de Maio, que se pretende seja realizada em Portugal.

“Há muitos países que querem a Fórmula 1. Temos de lutar e fazer o nosso papel e as autoridades devem colaborar connosco para nos abrir uma janela de esperança. E ver se é possível organizar a prova sem público, mas com apoio do Estado”, concluiu Ni Amorim.

Em 12 de Janeiro de 2021, o sítio oficial da Fórmula 1 na Internet iniciou um processo de pré-venda de bilhetes para o Grande Prémio de Portugal, sem confirmar a prova, no mesmo dia em que a organização do Mundial reviu o calendário.

O campeonato, que vai arrancar uma semana depois do previsto, no Bahrein, em 28 de Março, deixa em aberto a data da terceira corrida do ano, em 2 de Maio, sendo que a página oficial na Internet, na secção para venda de bilhetes, aceita registos de interesse em bilhetes para o Grande Prémio de Portugal de 2021, ressalvando que está sujeito a confirmação.

Em 2020, a Fórmula 1 regressou a Portugal pela 17.ª vez, após 24 anos e pela primeira vez no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, após as alterações ao calendário motivadas pela pandemia de covid-19.

O calendário revisto e apresentado pela Liberty Media, organizadora do “Grande Circo”, em 12 de Janeiro, prevê um recorde de 23 provas, entre 28 de Março e 12 de Dezembro, quando vai ser disputada a corrida de Abu Dhabi.

O adiamento do início do campeonato, inicialmente previsto para Melbourne, em 21 de Março, ficou a dever-se às restrições de viagens para a Austrália, devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, tendo a corrida sido adiada para 21 de Novembro.

O circuito italiano de Imola volta ao calendário, em 18 de Abril - e não a 11 como estava no calendário inicial -, enquanto a organização assume “negociações com o promotor e as autoridades chinesas, sobre o potencial reagendamento da corrida para mais tarde na temporada”.

A saída do Grande Prémio do Vietname, que já era conhecida, depois da detenção por corrupção do antigo presidente da câmara de Hanoi, abriu uma vaga no calendário, estando prevista uma prova no dia 2 de Maio (e já não em 25 de Abril), em local ainda a designar.

Em Novembro, o Grande Prémio do Brasil, no circuito de Interlagos, em São Paulo, foi antecipado uma semana, para dia 07, de forma a acomodar a corrida australiana no dia 21.

O Grande Prémio da Arábia Saudita foi adiado em uma semana, para o dia 5 de Dezembro (ainda sujeita a homologação do circuito de Jeddah), tal como a corrida de encerramento da época, em Abu Dhabi, que passa para 12 de Dezembro.

A entrada do Grande Prémio de São Marino, em Imola, está ainda sujeita a aprovação do Conselho Mundial da Federação Internacional do Automóvel (FIA).