Contágio: como 15 realizadores viram a pandemia a partir de Portugal

Em estreia esta sexta-feira no serviço de streaming Filmin, uma curta-metragem da produtora C.R.I.M. junta nomes como Ana Moreira, Aya Koretzky, Daniel Blaufuks, Jeanne Waltz, Jorge Cramez, ou Tatiana Macedo.

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Foi logo em Março, no primeiro confinamento, que a C.R.I.M., produtora lisboeta, desafiou vários realizadores e artistas com quem trabalha a fazerem três planos de 30 segundos para um filme a montar posteriormente. “As pessoas responderam mas acabou por demorar algum tempo entre toda a gente responder e a montagem propriamente dita. De repente, estávamos no Verão e já não havia confinamento nenhum”, explica ao PÚBLICO a produtora Isabel Machado, explicando que a C.R.I.M. concluiu então que já “não era altura de lançar o filme”.

Os autores do projecto tinham inicialmente planeado estreá-lo na Cinemateca Online, mas “entretanto abriu a Cinemateca” e deixou de haver “contexto para exibir” esta curta-metragem colectiva. Chegado o segundo confinamento, a plataforma de streaming Filmin “mostrou-se interessada” e a assim curta-metragem que resultou de todo este processo, Contágio – não confundir com o filme de Steven Soderbergh de 2011, que também versa sobre uma pandemia –, tem finalmente a sua estreia online esta sexta-feira. A seguir, também passará no programa Cinemax, da RTP2, a 25 de Fevereiro.

Não foi a primeira vez que a C.R.I.M. mobilizou uma curta-metragem colectiva. Em 2014, uniu-se a 31 realizadores para fazer uma espécie de cadáver esquisito para a Raum, plataforma de residências artísticas online. Desta vez, juntaram Ana Moreira, Ana Pérez-Quiroga, André Godinho, Aya Koretzky, Carlos Gomes, Daniel Blaufuks, David Bonneville, Filipe Pinto, Inês Gil, Isabel Dias Martins, Jeanne Waltz, Jorge Cramez, Miguel Clara Vasconcelos, Rui Calçada Bastos e Tatiana Macedo, cujos segmentos foram depois montados por Mateus Ribeiro Gomes. “Foi ele que recebeu os materiais e os catalogou, mas toda a equipa da C.R.I.M. esteve com a montagem. Houve muitas montagens, na verdade, uma vez que não havia um guião nem uma visão unificadora”, conta a produtora.

Cada um dos 15 realizadores inscreveu em Contágio a sua visão da pandemia e do confinamento. Desde o início da emergência sanitária que, diz Isabel Machado, a equipa da C.R.I.M. sente “que o mundo mudou”, e no texto enviado aos realizadores já havia “essa sensação” de que “este é um momento importante para documentar”. Na missiva, era-lhes pedido que documentassem “com atenção ardente e sem desinfectante o estado de emergência”. E há de tudo nas imagens deste filme que agora finalmente se estreia, e que de algum modo sintetizam os longos meses que já passaram desde que a covid-19 se instalou entre nós: ovelhas, pessoas em casa, a Avenida da Liberdade e a Ponte Vasco da Gama vazias, conversas de WhatsApp, selfies semi-nuas, parabéns distanciados na rua, abelhas em copos...

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