Partindo de um patamar difícil de repetir, Marisa Matias tinha a tarefa de reforçar nesta eleição a votação que obteve há cinco anos. A presença da candidatura de Ana Gomes, que, à esquerda, disputa o mesmo eleitorado, fez Marisa perder mais de 300 mil votos em relação a 2016. A eurodeputada fica em 5º lugar apenas à frente de Tiago Mayan e Vitorino Silva.

Depois de uma pré-campanha em que Marisa Matias não se conseguiu destacar, mostrando uma perda de intenções de voto nas várias sondagens apresentadas, a campanha acabou por ganhar uma força adicional marcada pelo movimento #VermelhoEmBelém. Depois dos insultos de André Ventura, foi criando um corrente que transbordou as fronteiras de apoio à candidata, mas que se pensava ter servido para relançar Marisa na corrida presidencial.

A condicionar este resultado de Marisa estará também o chumbo do Bloco de Esquerda ao Orçamento de Estado, que não agradou a algum eleitorado fiel ao partido, segundo as várias sondagens que se seguiram depois desta reprovação.

Depois destas eleições, Marisa Matias tem como principal missão ajudar o Bloco de Esquerda a perceber o que falhou para ter ficado tão longe da votação de há cinco anos onde conseguiu mais de 10% dos votos.

Consulte os resultados completos destas eleições presidenciais aqui