Os alvos de todos os candidatos (uns têm mais do que outros)

Ao longo dos 13 dias que durou a campanha, cada candidato foi lançando as suas críticas aos adversários nesta corrida, mas também a outros adversários políticos.

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Engin Akyurt

Os sete candidatos foram também os sete alvos preferenciais das críticas uns dos outros. Mas não foram exclusivos. António Costa também foi um dos recorrentes e até Jerónimo de Sousa, que não é candidato a Belém (mas já foi), acabou por ser apanhado num intenso fluxo de insultos que mais vale não reproduzir. Rui Rio e a comunicação foram outros alvos das mensagens dos candidatos

Marcelo Rebelo de Sousa sobre si próprio

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“O vosso voto decidirá se os portugueses querem renovar a sua confiança no actual Presidente da República num instante-chave da luta contra a pandemia ou se preferem a sua substituição numa componente essencial da liderança dessa luta”

Ana Gomes para os socialistas

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“Este é o momento da unidade, de ultrapassar a divergências. (…) É o momento de nos unirmos e fazermos prova de máxima responsabilidade cívica. E sim, também para salvar a democracia, quando ela está sob ataque”

Ana Gomes para António Costa

“Não tinha a mais pequena apetência para me candidatar à Presidência da República e não me teria candidatado não fosse dar-se o caso de o meu partido ter desistido, ter optado pela não comparência. Achei grave, critiquei e por isso entendi chegar-me à frente.”

Ana Gomes para Marcelo Rebelo de Sousa

“Se eu pudesse tirar a máscara viam-me a sorrir, porque foi o professor Marcelo Rebelo de Sousa que andou aqui a desvalorizar estas eleições. No fundo, a trabalhar para a abstenção. (...) Em boa parte, a responsabilidade cabe ao professor Marcelo Rebelo de Sousa. Que ele agora de repente, tenha acordado e feito a cambalhota para alertar que há um problema de abstenção, quando ando a dizer isso há imenso tempo.”

“Isto tem de ser dito e os portugueses têm de saber isto: foi o professor Marcelo Rebelo de Sousa que, ao impor no próprio decreto presidencial que o Estado devesse procurar antes acordos com os privados em vez de imediatamente avançar para a requisição civil a custo justo, também determinou que, até hoje, a capacidade instalada não esteja a ser totalmente aproveitada e os recursos humanos também não estejam a ser totalmente mobilizados.”

Ana Gomes para André Ventura

“Há uns aldrabões de feira como esse [André Ventura] que vendem banha da cobra, o pior são os que estão escondidos atrás desses vendedores de banha da cobra, que esses têm um projecto de ditadura para o país.”

André Ventura para Marcelo Rebelo de Sousa

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“Presidente cobarde! Quando não estou presente, ousa dizer coisas como esta, mas quando foi à televisão, frente-a-frente, disse que não, que o Chega era um partido democrático, com a mesma legitimidade que todos os outros. Hoje, nas costas, [Marcelo Rebelo de Sousa] diz que vai exigir acordo escrito porque não confia nem em Rui Rio nem em André Ventura.”

André Ventura para o Governo

“As notícias não são nada abonatórias para a credibilidade do Governo e para o combate à corrupção e ao clientelismo em Portugal”

André Ventura para Rui Rio

“Estamos no caminho certo. Parece que estou a ver o dr. Rui Rio [presidente social-democrata, o maior partido da oposição] com a cara num cartaz, a dizer assim: “votem em mim, eu sou a direita social”, assim, de lado, mas com o lápis na orelha. A direita social não é nenhuma direita. É ser travesti de direita, socialistas encapotados.”

André Ventura sobre si próprio

“Como estabeleci uma fasquia, não há aqui meias vitórias: ou fico à frente de Ana Gomes e é uma vitória ou fico atrás e é uma derrota. Ou conseguimos uma segunda volta e é uma vitória ou fico atrás e não será uma vitória tão grande sabendo nós que uma segunda volta numa reeleição em Portugal nunca aconteceu.”

André Ventura sobre os media

“Eles [os órgãos da comunicação social] bem tentam levar as outras candidaturas ao colo, mas já não cola, por muito que dêem o ar fofinho do João Ferreira ou da Marisa Matias ou do Marcelo Rebelo de Sousa, as sondagens já não sobem mais. É sinal de que lhes estamos a meter medo e vamos continuar a meter medo.”

Marisa Matias para a esquerda

“Se as pessoas de esquerda forem votar, haverá duas candidatas à frente de Ventura e não só uma. Em Portugal, a democracia e a solidariedade são mesmo muito maiores que a política do ódio.”

Marisa Matias para André Ventura

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“Para quem ainda não percebeu, é por isso que quando um homem insulta uma mulher chamando-lhe coisa de brincar, por usar batom vermelho, tem a resposta que merece. As mulheres não são coisas de brincar, as mulheres são gente de lutar e sim, olhos nos olhos e de cabeça erguida.”

Marisa Matias para Costa e Marcelo

“Houve uma má preparação por parte do Governo em relação à segunda e à terceira vaga [da pandemia] e também a Presidência da República no sentido em que subestimou esta segunda e esta terceira vaga.”

João Ferreira sobre Marcelo

“Acho que houve afectos mal distribuídos [pelo Presidente da República] e os professores foram, seguramente, aqueles que não viram os afectos que lhes eram devidos.”

“Aquele que exerceu as funções de Presidente da República utilizou os seus poderes não para defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição, como jurou fazer, mas pelo contrário, usou esses poderes para, ao arrepio da Constituição, deixar os jovens numa vulnerabilidade especial, por exemplo, quando se trata de aceder ao primeiro emprego ou de aceder à habitação, condições essenciais de autonomização dos jovens.”

João Ferreira sobre André Ventura

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“Sabemos que mais do que clamar, projectar, apontar estas ameaças, é intervindo no presente para resolver problemas e construir outro futuro que esconjuramos estas ameaças. Isto é como o bicho, que só entra na madeira podre.”

Tiago Mayan Gonçalves para Marcelo e para Costa

“O país não pode ser gerido em ciclos de 15 dias e o que temos é um Governo que não sabe pensar nem planear o futuro. O país está a ser gerido em ciclos de 15 dias, ou em ciclos até menores, e isto não é governar. E um Presidente da República também tem de ter uma palavra quanto a isto.”

Tiago Mayan para Ventura

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“A maioria dos portugueses não quer uma campanha agressiva, carregada de acusações, insinuações e insultos. A história já demonstrou que o extremar de posições e o discurso político baseado em ataques pessoais sem conteúdo nunca traz bons resultados. Como liberal, embora não me revendo em muitas posições dos meus adversários, entendo que o pluralismo de opiniões é absolutamente essencial numa democracia. Tudo farei para que o populismo e o extremismo sucumbam à moderação e à boa educação e para que o ódio e o ressentimento sejam derrotados pela construção de soluções positivas para a vida dos portugueses.”

Vitorino Silva para Marcelo

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“Gosto quando vejo políticos a dar afectos às pessoas, abraços e afectos, mas também temos de dar abraços às árvores, à água, à natureza. Fiquei triste [quando vi que] ele tirou milhões de “selfies” e não tirou uma “selfie” com a [activista] Greta Thunberg, que é uma voz mundial, que leva muita gente atrás, que conseguiu fazer mais pelo clima do que muitos políticos mundiais.”

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