As juradas do Carro Mundial Feminino do Ano (WWCOTY, na sigla original) já escolheram quais os modelos finalistas que se destacaram ao longo de 2020. Cada categoria apresenta-se, agora, com três propostas que serão votadas por 48 jornalistas de 38 países, Portugal incluído, até 19 de Fevereiro.

Os escolhidos para disputar o título de melhor carro urbano foram Honda Jazz, Peugeot 208 e Toyota Yaris, enquanto para familiar estão a concurso Audi A3, BMW Série 4 e Skoda Octavia. Entre as propostas de luxo, disputam pontos Lexus LC500 Cabrio, Mercedes-Benz Classe S e Rolls Royce Ghost, enquanto na performance estão apurados Ferrari F8 Spider, Maserati MC20 e McLaren GT.

Os cobiçados sport utility vehicles (SUV), que têm visto as vendas disparar – assim como as propostas a multiplicarem-se –, foram separados em três subcategorias: urbanos, médios e grandes. Nos primeiros, Kia Sonet, Peugeot 2008 e Renault Captur; nos médios, Hyundai Tucson, Land Rover Defender e Mercedes-Benz GLA; nos grandes, BMW X6, Ford Explorer e Kia Sorento. Foi ainda criada uma categoria para viaturas cuja natureza está mais voltada para o todo-o-terreno: a 4X4 Puro & Pick-Up reúne Chevrolet Silverado, Ford F-150 e Mitsubishi L-200. Por fim, uma classe apenas para eléctricos: Honda e, Polestar 2 e Volkswagen ID.3.

Para chegar a esta lista, já houve uma primeira ronda de votação, na qual foram apreciados 47 modelos novos, lançados entre Outubro de 2019 e Dezembro do último ano (os prémios são habitualmente sobre carros lançados entre Outubro e Setembro, mas a pandemia acabou por trocar as datas), sendo obrigatória a sua comercialização em pelo menos dez mercados para o seu apuramento, em que foram considerados aspectos como a competência rodoviária, espaço e conforto, conectividade, segurança, eficiência, relação qualidade/preço e design.

O vencedor em cada categoria será anunciado no final de Fevereiro, sendo o Carro do Ano divulgado a 8 de Março, Dia Internacional da Mulher.

O Women's World Car of the Year é o único grupo de prémios de automóveis do mundo composto exclusivamente por jornalistas mulheres. Criado pela jornalista neozelandesa Sandy Myhre, em 2009, que actualmente é presidente honorária (o testemunho da liderança do júri foi passado há um ano a Marta García, jurada por Espanha), os prémios têm por objectivo seleccionar os melhores carros do ano, não apenas para mulheres, mas para qualquer pessoa.

“Naturalmente que cada pessoa vê o automóvel de forma diferente, independentemente do género, mas há estatísticas — o sector automóvel, aliás, gasta milhões nestas acções — que indicam que a mulher compra um carro primeiro tendo em conta a segurança e depois pela relação qualidade/preço; só depois vêm os itens de transporte e fantasia”, justifica Sandy Myhre. Marta García acrescenta: “As escolhas não são ‘carros de mulher’ porque tal categoria não existe.”