Portugal continua imbatível no Mundial de andebol
A selecção orientada por Paulo Pereira segue para a próxima fase da competição com três triunfos em três jogos.
Três jogos, três vitórias. Para já, tudo corre bem a Portugal no Mundial de andebol. A selecção orientada por Paulo Pereira venceu nesta segunda-feira o terceiro jogo no grupo F da fase preliminar da competição, no Egipto, superando a Argélia por 26-19.
Com este triunfo, Portugal, que já estava apurado para a ronda seguinte do torneio, sabe que levará quatro pontos para essa fase – qualificam-se as três melhores selecções de cada grupo, com cada uma a transportar para a poule da fase seguinte os pontos conquistados frente aos adversários também qualificados.
Tal equivale a dizer que, dos seis pontos conquistados nesta fase preliminar, Portugal só levará quatro, sendo descontados os somados frente a uma das selecções do grupo F que ficará pelo caminho. Portugal jogará agora nos dias 20, 22 e 24 de Janeiro, frente a Noruega, Suíça e França.
Para este jogo, Portugal tinha um adversário teoricamente ao alcance, mas, em tese, um rival argelino mais espinhoso do que o marroquino enfrentado há dois dias.
A primeira parte foi inicialmente equilibrada, com 20 minutos em que Portugal, apesar da superioridade, não conseguiu abrir uma vantagem confortável no marcador. Para tal, muito contribuiu o grande início de jogo de Berkous, lateral argelino que chegou a ter seis dos sete golos da equipa nos primeiros 15 minutos.
Com a partida equilibrada – os argelinos mostraram-se bastante agressivos, tendo mesmo duas exclusões –, o jogo poderia tombar definitivamente para o lado português através da inferioridade numérica do adversário.
Na primeira exclusão argelina, Portugal não abriu uma vantagem. Na segunda, já perto do intervalo, a selecção de Paulo Pereira deixou os magrebinos a cinco golos de diferença, vantagem levada para o intervalo e para a qual contribuíram, sobretudo, os quatro golos de Pedro Portela (melhor marcador português na partida) e os três de Belone Moreira (em destaque nos primeiros minutos do jogo).
Após o intervalo, Portugal tinha cinco golos para gerir em 30 minutos de andebol. E, de modo geral, foi o que fez.
Apesar de um livre de sete metros desperdiçado, duas bolas aos postes e de duas exclusões pelo meio, Portugal manteve os cinco golos de vantagem nos primeiros dez minutos da segunda parte, os mesmos que levou para os últimos cinco da partida.
Os jogadores interiores, Victor Iturriza (dois golos em dois remates) e Alexis Borges (2/3) acabaram por ter um papel importante na defesa, complementando-o com alta eficácia de remate no ataque.
A segunda parte mostrou duas equipas a baixaram a percentagem de acerto – Humberto Gomes acabou por render Alfredo Quintana e impediu alguns golos argelinos, que, com eficácia de remate abaixo dos 50%, estiveram mais de dez minutos sem marcar – e o resultado teimou em pouco crescer de um lado e outro.
Da parte portuguesa, isso nunca foi um problema e a vantagem só cresceu nos segundos finais da partida, com golos em contra-ataque.