Inscrevi-me para voto antecipado, mas não consegui fazê-lo. Posso votar no dia da eleição?
O voto antecipado em mobilidade alargou-se, das capitais do distrito para as sedes dos concelhos, para evitar grandes concentrações de pessoas devido à pandemia. Mas as filas deste domingo afastaram algumas pessoas das mesas de voto.
A votação antecipada em mobilidade para as eleições presidenciais está a decorrer desde as 8h deste domingo com normalidade, sem incidentes e com boa afluência, disse à Lusa João Tiago Machado, da Comissão Nacional de Eleições (CNE). Segundo as “informações recebidas do Ministério da Administração Interna (MAI)”, acrescenta, “não há qualquer tipo de incidentes, há uma boa afluência” e as assembleias de voto nas 308 sedes do concelho abriram todas sem problemas.
Os portugueses começam a votar hoje, uma semana antes das presidenciais de 24 de Janeiro, no chamado voto antecipado em mobilidade para o qual se inscreveram 246.880 eleitores, um número recorde. Depois da experiência de 2019, nas europeias e legislativas, o voto antecipado em mobilidade alargou-se, das capitais do distrito para as sedes dos concelhos, e o objectivo é simples: evitar grandes concentrações de pessoas devido à epidemia de covid-19 no país. Em Lisboa, junto à Reitoria da Universidade de Lisboa, registavam-se, contudo, cerca das 11h, grandes filas de eleitores para votar.
Quem estiver inscrito para o voto antecipado de hoje e não o fizer, pode fazê-lo no próximo domingo, na assembleia ou secção de voto onde se encontra recenseado.
Segundo as regras definidas pela Direcção-Geral da Saúde para as eleições, para ir votar, seja hoje ou no próximo domingo, os eleitores terão de usar máscara e, preferencialmente, levar uma caneta, por uma questão sanitária e de higiene. É preciso desinfectar as mãos antes de votar e depois de votar. E os membros das mesas têm de usar máscara e/ou viseira ou óculos de protecção.
É aconselhado que, enquanto se espera para votar, os eleitores respeitem a distância de segurança.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de Janeiro. Esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976. A campanha eleitoral termina em 22 de Janeiro.
Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).