Covid-19: Marcelo admite que novo período de confinamento pode durar até Março
Presidente da República admitiu que o período de confinamento em vigor no país pode estender-se até Março, mas pede colaboração da população para evitar que a situação se prolongue mais.
O Presidente da República pediu esta sexta-feira aos portugueses ajuda para garantir que o novo confinamento “seja eficaz”, admitindo que as restrições actuais podem manter-se até ao fim do primeiro semestre de 2021.
À saída da audiência a Tiago Guerra, o português absolvido da acusação de peculato pelo Tribunal de Recurso timorense, Marcelo Rebelo de Sousa reconheceu que este novo período de confinamento geral “é diferente do anterior”, que foi “mais rigoroso, mais drástico” devido ao facto de ter sido “inesperado”, deixando a população em choque.
“Os portugueses hoje sabem mais da pandemia, estão mais conscientes, e percebem que o que importa neste confinamento é muito simples: achatar a curva, inverter a tendência e fazê-lo o mais rapidamente possível” disse o Presidente, referindo que é preciso “limitar” o período que o país vive e evitar deixar que a situação “deslize para o segundo trimestre.
“Deslizar significa prolongar a crise e aprofundar a crise económica e social. Significa depois ser mais difícil um controlo tardio dos acontecimentos”, disse.
Questionado sobre se admitia que o confinamento durasse durante todo o primeiro trimestre, o Presidente chamou a atenção para a necessidade de haver equilíbrio e ponderação.
“É um problema de equilíbrio e ponderação, aquilo a que se chegou de equilíbrio nas medidas e neste arranque da sua aplicação, que se espera que seja eficaz, atendeu aos vários factores em presença, e agora é fundamental que os portugueses entendam que a aplicação que vier a ser feita neste primeiro período da quinzena imediata corra bem, porque há uma reponderação no fim da primeira quinzena antes de se avançar para aquilo que foi previsto numa perspectiva de um mês”, concluiu o chefe de Estado.
Sobre a reunião com a Presidente da Comissão Europeia, Marcelo Rebelo de Sousa disse que Ursula von der Leyen "espera muito” da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia devido a vários aspectos da conjectura dos próximos meses, incluindo o “esforço de vacinação e da luta contra a pandemia” e a rápida e completa “regulamentação do plano multianual que começa a ser a ser aplicada este ano”.