Estátua de D. Sebastião da estação do Rossio será exposta no átrio inferior

A estátua do rei foi, em Maio de 2016, danificada por um turista que tentou tirar uma fotografia junto dela, provocando a sua queda.

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Rui Gaudencio

A estátua de D. Sebastião, que fazia parte da ornamentação da fachada da estação ferroviária do Rossio, em Lisboa, será colocada numa redoma de vidro no átrio inferior, num local visível, anunciou hoje a Infra-estruturas de Portugal (IP).

Em resposta à agência Lusa, a IP esclareceu que a restauração da estátua do rei, que, em Maio de 2016, foi danificada por um turista que tentou tirar uma fotografia junto dela, foi concluída em Agosto de 2020.

De acordo com a IP, a estátua original de D. Sebastião, com cerca de 130 anos, já se encontra na estação ferroviária, mas não ainda em exposição.

Desfeita em 90 fragmentos, que os serviços da Infra-estruturas de Portugal (IP) recolherem na sua totalidade, a escultura que muitos consideraram na altura irrecuperável foi restaurada peça a peça, num trabalho moroso e de elevado grau de complexidade”, referiu a entidade responsável pela estação do Rossio.

Da autoria do escultor francês Gabriel Farail (1838-1892), a estátua decorava a fachada neogótica do edifício da estação, projectado por José Luís Monteiro, e inaugurado ao público em 11 de Junho de 1890.

Sem adiantar uma data concreta, a IP revelou que a estátua original será exposta ao mesmo tempo que a réplica, que a substituirá na fachada.

“A estátua que regressará à fachada será uma réplica cuja execução foi adjudicada pela IP ao escultor Pedro Lino. Será executada em pedra ou calcário branco mar ou moleanos relvinha. O escultor aguarda a recepção de material de Itália para o molde, que tem demorado a chegar a Portugal devido à situação decorrente da pandemia”, explicou.

Segundo Pedro Lino, citado pela IP, a réplica poderá estar concluída na primavera.

“A intenção da IP ao colocar uma réplica na fachada prende-se com o facto de a escultura restaurada estar vulnerável, ao ter perdido propriedades físicas e químicas devido à qualidade da pedra e à idade da mesma”, ressalvou a entidade.