Mulher que morreu na invasão do Capitólio era apoiante de Trump

Ashli Babbitt, 35 anos, estava a tentar forçar uma porta barricada quando foi atingida por um agente da polícia do Capitólio.

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Polícia tenta parar apoiante de Trump com gás pimenta Reuters/POOL

Durante a invasão do Capitólio morreram quatro pessoas. A primeira vítima foi atingida por um tiro e ficou ferida com gravidade, morrendo mais tarde. Chamava-se Ashli Babbitt, tinha 35 anos, e era, segundo as suas contas nas redes sociais, fervorosa apoiante do Presidente, Donald Trump, repetindo muitas das afirmações falsas deste em relação ao resultado eleitoral.

Babbitt foi uma das pessoas que entraram através de uma das janelas quebradas do edifício do Capitólio. Fazia parte de um grupo que tentava abrir uma porta barricada que dava acesso à sala do plenário da Câmara dos Representantes, onde havia, do outro lado, polícias armados. De repente, ouviu-se um tiro, e Babbitt caiu, com sangue a sair do ombro, no chão de mármore, descreve o Washington Post

A polícia não confirmou a sua identidade, mas o responsável da polícia de Washington disse que o tiro foi disparado por um polícia do Capitólio,~ e a morte está a ser investigada. Houve três outras mortes no caos que se seguiu à invasão do Capitólio por apoiantes de Donald Trump na zona, devido a “emergências médicas”, disse ainda a polícia.

Babbitt, natural de San Diego, Califórnia, era veterana da Força Aérea, disse o seu ex-marido, Timothy McEntee, ao Washington Post – foi na Força Aérea que os dois se conheceram (divorciaram-se após 14 anos de relação, em 2019).

Esteve destacada no Afeganistão e Iraque com a Força Aérea, e com a Guarda Nacional no Kuwait e no Qatar. Actualmente, Babbitt tinha uma empresa de materiais para piscinas com o seu actual marido, Aaron Babbitt.

A mãe de Aaron Babbitt reagiu, numa declaração à WWTTG, TV detida pela Fox News: “Não sei mesmo porque é que ela decidiu fazer isto.” O marido não a acompanhou na viagem a Washington.

Em algumas fotografias antigas, Babbitt aparece com T-shirts alusivas ao movimento QAnon, de teorias de conspiração extremas, alegando que Donald Trump luta contra uma rede de pedófilos.

O seu último tweet era uma resposta a alguém que dizia que o mundo inteiro é corrupto: “Não há nada que nos possa parar… eles podem tentar e voltar a tentar, mas a tempestade está aqui e vai chegar a Washington em menos de 24 horas. Das trevas para a luz!”

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