Para o Animac — Festival Internacional de Cinema de Animação da Catalunha, a portuguesa Regina Pessoa é a terceira melhor realizadora de curtas-metragens de animação dos últimos 25 anos. A artista surge apenas atrás do búlgaro Theodore Ushev e do japonês Koji Yamamura na lista publicada esta quinta-feira pela mostra espanhola, que este ano celebra em formato sobretudo digital a sua 25.ª edição, que decorre entre 27 de Fevereiro e 7 de Março.

A votação, organizada por Carolina López, directora do Animac, juntou as perspectivas de 22 personalidades que desde o início do milénio têm escrito ou trabalhado sobre o campo da animação. O “júri” inclui, a título de exemplo: o historiador e autor Giannalberto Bendazzi; a especialista em animação, historiadora e curadora Jayne Pilling; Marcel Jean, director do Festival de Annecy; a realizadora brasileira Léa Zagury; e o crítico Alex Dudok de Wit, editor associado da publicação digital Cartoon Brew.

Regina Pessoa, que já participou em conferências e workshops do Animac no passado, apresentou no festival catalão duas curtas, A Noite (1999) e Tio Tomás, a Contabilidade dos Dias (2019). Carolina López revela ao PÚBLICO que, para a 25.ª edição, que tentará ser comemorativa apesar das restrições impostas pela pandemia, a mostra está a tentar organizar uma mesa-redonda com o “top 4” desta lista — que, para além de Regina, Theodore Ushev e Koji Yamamura, inclui ainda o russo Igor Kovalyov.​

Para além da lista dos melhores realizadores, o Animac publicou esta quinta-feira mais duas, uma com os melhores talentos emergentes da animação (são eles Daria Kascheeva, Martina Scarpelli, Nikita Diakur, Tomek Popakul, Réka Bucsi e Nara Normande) e outra com as 50 melhores longas-metragens de animação dos últimos 25 anos. Quem agarrou o primeiro lugar foi Spirited Away, filme de 2001 do japonês Hayao Miyazaki. O resto do pódio completa-se com The Triplets of Belleville (2003), do francês Sylvain Chomet, e Mary and Max (2009), do australiano Adam Elliot. No décimo posto surge O Menino e o Mundo (2014), do brasileiro Alê Abreu.

Carolina López diz que, durante os dias do festival, parte do programa da 25.ª edição do Animac estará disponível para visualização na plataforma de streaming Filmin. Nas redes sociais do certame serão transmitidas em directo as conferências, que posteriormente migrarão para o YouTube.