Para impedir festas ilegais, PSP mantém número de agentes da última passagem de ano

Porta-voz da força policial diz que número de efectivos será igual ao do ano passado, existindo presença forte nos locais onde se costumam realizar festejos. Com a pandemia, preocupação passa também pelos estabelecimentos e residências particulares.

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Polícia de Segurança Pública (PSP) vai manter número de operacionais Rui Gaudencio/Arquivo

Apesar de existir recolhimento obrigatório marcado para as 23h em todo o país, a Polícia de Segurança Pública (PSP) vai manter o número de operacionais usado para a noite de passagem de ano do ano passado. A atenção vira-se agora das grandes concentrações em locais públicas para as festas ilegais que desrespeitem as regras definidas pelas autoridades no combate à pandemia de covid-19.

O porta-voz da PSP, Nuno Carocha, diz ao PÚBLICO que o empenho da força policial durante esta noite de passagem de ano sempre foi notório, esforço que se manterá para garantir que as regras são cumpridas.

“Esta noite vamos estar atentos a eventuais aglomerações espontâneas nas ruas e principalmente aos locais em que as pessoas se concentram nas outras passagens de ano, mas também às festas ilegais e aos estabelecimentos que tentam trabalhar à porta fechada [apesar das restrições]”, explica o porta-voz da PSP.

Relativamente às residências particulares, Nuno Carocha salienta a importância de existir comunicação entre cidadãos e polícia, de modo a garantir que são cumpridas as regras de segurança. Devemos, então, informar a PSP caso tenhamos conhecimento — ou existam suspeitas fortes — da realização de uma festa que não cumpra as regras? “É natural que haja mais algum ruído até determinada hora. Mesmo com um círculo de familiares restrito, é normal que exista essa celebração. Claro que, passando de determinados limites, as pessoas podem e devem contactar a PSP. Sendo o domicílio de uma pessoa, a actuação é diferente da que teríamos relativamente a um estabelecimento comercial. Neste contexto [de demasiadas pessoas estarem dentro de uma residência] as pessoas também devem contactar as autoridades”, resume. 

Nuno Carocha diz ainda que a polícia já registou casos de estabelecimentos que publicitavam festas ilegais nas redes sociais, tendo contactado os proprietários com o objectivo de os sensibilizar para o encerramento obrigatório até às 22h30. Estes e outros estabelecimentos serão alvo de fiscalização esta quinta-feira, para garantir que permanecem encerrados.

Para esta quinta-feira (31 de Dezembro) foi decretado recolhimento obrigatório a partir das 23h em todo o território continental. Estão ainda proibidas festas e ajuntamentos na via pública. A circulação entre concelhos está proibida entre as 0h de 31 de Dezembro e as 5h de 4 de Janeiro de 2021. O recolhimento obrigatório acontecerá ainda nos dias 1,2 e 3 de Janeiro, a partir das 13h.

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