“A cultura está sempre ao serviço de outra coisa qualquer”
Depois do ano catastrófico de 2020, os representantes dos sindicatos e associações do sector receiam que o pior ainda esteja para vir. Uma situação que exige medidas de emergência quando era preciso estar já a pensar que sistema cultural queremos para o mundo que aí vem.
Mais de dois meses e meio de paralisação das actividades culturais, desde a segunda semana de Março até ao final de Maio, deixaram milhares de trabalhadores das artes e da cultura com vínculos laborais precários em situação desesperada, sem trabalho, sem dinheiro e sem a protecção social que vinham reivindicando há décadas, e que sucessivos governos, de esquerda e de direita, lhes foram sempre negando. Confrontado com a extensão do descalabro, o executivo de António Costa lançou diversas linhas de apoio dirigidas ao sector, enquanto a ministra Graça Fonseca prometia ter pronto ainda em 2020 o tão adiado estatuto dos artistas e profissionais da cultura. Mas agora que chegamos ao fim deste ano de confinamentos e estados de emergência, e se passaram já sete meses após a reabertura das salas de espectáculos, a 1 de Junho, o precariado da cultura começa a ver alguma luz ao fundo do túnel?
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.