A autarquia de Barcelona, que até ao ano da pandemia era uma das maiores mecas turísticas da Europa, aprovou o aumento da taxa turística para 2021. A partir de Junho, os visitantes pagam mais 75 cêntimos, o que significa, dependendo do tipo de alojamento, valores actualizados para entre 1,40 e 3 euros.
O plano autárquico de execução da taxa inclui o aumento anual dos valores e, apesar de algum debate sobre se tal deveria ser feito em ano de recuperação após a crise provocada pela pandemia, a decisão seguiu em frente.
O aumento foi decidido “tendo sempre em conta as circunstâncias e a evolução da pandemia”, indicou a autarquia em comunicado, citado pela agência espanhola Efe.
Até 2024, o objectivo é aumentar os valores até perfazer mais quatro euros: depois dos 0,75 em 2021, mais um euro em 2022, outro em 2023 e mais 1,25 euros em 2024.
Segundo a autarquia de Barcelona, em 2020 foram utilizados mais de 9,34 milhões conseguidos através da taxa (valores recebidos em 2019) para projectos focados na economia pós-covid-19, em investimento nos bairros e no apoio a iniciativas culturais e criativas, também destinadas a promover internacionalmente a cidade.
A Generalitat já fez cálculos às perdas da Grande Barcelona neste catastrófico ano turístico de 2020, resumidos pelo Hosteltur: uma quebra de mais de 70% em estadias, perdas directas à volta de 15 mil milhões de euros. Em 2019, entre Janeiro e Agosto contaram-se 22 milhões de estadias na cidade; este ano o número caiu para os 8 milhões. Até Agosto também, a região da Catalunha no seu total atingia 3,2 milhões de turistas: menos 76,5% que em 2019 nesse período.