IL defende que Portugal precisa de um “primeiro-ministro bom”, não basta um “bonzinho”

João Cotrim de Figueiredo ouviu a mensagem de Natal do primeiro-ministro e concluiu que para haver esperança, não bastam palavras, é preciso “ideias concretas”.

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João Cotrim de Figueiredo (Iniciativa Liberal) Nuno Ferreira Santos

O líder e deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, considera que a mensagem do primeiro-ministro apela à emoção, mas defende que governar é mais do que isso. “Portugal precisa de um primeiro-ministro bom (capaz de garantir um plano de vacinação sólido e ambicioso e um caminho de recuperação que não dependa só do Estado) e não apenas um primeiro-ministro bonzinho (focado na gratidão e solidariedade a tantos a quem o Governo falhou)”, diz o liberal.

“Percebo o tom emocional de uma mensagem de Natal, mas governar tem de ser mais do que isto. Desde 2017 que as principais figuras do Estado acham que o futuro dos portugueses se resolve apenas com expressão de afectos”, critica Cotrim de Figueiredo, para quem “uma mensagem de esperança implica ter um bom plano de vacinação e não apenas palavras”. Implica “ter ideias concretas para a retoma económica e não estar apenas dependente de dinheiro europeu”.

“O Governo não dá qualquer confiança de que será capaz de implementar um plano de vacinação, nem medidas económicas que permitam a retoma social e económica do país”, afirma o deputado para concluir: “Assim fica difícil ter esperança.”

João Cotrim de Figueiredo nota que António Costa só assume que possivelmente possam ter sido cometidos erros pelo Governo, depois de este “ter falhado na prevenção da segunda vaga” ou de “ter permitido o colapso do SNS”. 

Lamentando que não se vislumbre “uma mudança de rumo”, o líder da Iniciativa Liberal diz que uma “mensagem de Natal deve sobretudo apontar para o futuro e dar esperança”, mas que “infelizmente não se ouviram novas soluções, apenas o mesmo caminho cujos resultados não têm criado condições para progresso”.

“Temos um Governo que não confia nos portugueses e que não acredita e não dará condições à iniciativa privada”, refere ainda no seu comentário à declaração de António Costa.

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