FC Porto não precisou de génio para fazer o pleno
Perante um Benfica inoperante, os “dragões” foram mais competentes e, com golos de Sérgio Oliveira e Luís Díaz, conquistaram de forma justa a Supertaça.
A exibição esteve longe de ser brilhante, mas, de forma competente e justa, o FC Porto garantiu o pleno e juntou a conquista da Supertaça à vitória na época passada do campeonato e Taça de Portugal. Em Aveiro, perante um Benfica inoperante e sem soluções, os “dragões” tiveram quase sempre o controlo da partida e, com uma vitória por 2-0 (golos de Sérgio Oliveira e Luís Díaz), garantiram pela 22.ª vez a conquista do troféu.
A cerca de uma hora do apito inicial, o Benfica foi o primeiro clube a colocar sobre a mesa as opções para a partida e, ao contrário do que tinha acontecido na última época onde Bruno Lage alterou sempre a estratégia habitual para defrontar o FC Porto, desta vez, o Benfica de Jorge Jesus não reajustou a táctica para medir forças com Sérgio Conceição.
Mesmo tendo duas baixas de peso (Gabriel e Pizzi) no meio-campo, o sector que se tem apresentado mais débil, Jesus manteve o 4x4x2, com Rafa e Everton nas alas, Waldschmidt e Darwin no centro. No entanto, a incógnita era perceber como iria funcionar uma dupla (Weigl e Taarabt) que, até esta quarta-feira, tinha exibido sempre demasiadas carências.
Nas seis partidas em que Jesus tinha lançado o alemão e o marroquino no mesmo “onze”, o Benfica apenas tinha vencido por uma vez (B SAD) - contra o Paços de Ferreira as “águias” estavam a perder ao intervalo quando Weigl foi substituído. Em Aveiro, não houve nenhuma surpresa e a tendência foi reforçada: a sociedade entre Weigl e Taarabt não resulta e traz mais problemas do que soluções.
Quinze minutos depois de o Benfica revelar as opções iniciais, chegou o “onze” do FC Porto com a confirmação que Pepe, Otávio e Corona estavam aptos. A dúvida era saber se Conceição iria lançar Diaz, colocando a equipa em 4x3x3, ou apostar em Taremi, com Otávio num flanco. A opção recaiu no iraniano, o que significava que as duas equipas iriam iniciar a partida com esquemas tácticos similares.
Em teoria, as escolhas iniciais de Conceição e Jesus indiciavam que em Aveiro iam surgir duas formações de vocação ofensiva, mas na prática o resultado foi um jogo pobre, com as equipas encaixadas uma na outra, num duelo que ao longo dos 90 minutos teve mais luta do que génio.
Com equilíbrio e sem oportunidades nos primeiros vinte minutos, o jogo teve o primeiro abanão aos 22’. Aproveitando o espaço dado pelo Benfica na zona central (Taarabt está quase sempre mal posicionado), Corona isolou Taremi e o iraniano, com matreirice q.b., aproveitou a imprudência de Vlachodimos (deixou o corpo deslizar) para cair na área após ser derrubado pelo guarda-redes grego. Após o lance ser analisado pelo VAR, ficou confirmada a posição regular de Taremi por 18 centímetros e Sérgio Oliveira, na transformação do penálti, fez o nono golo esta época.
Na resposta, uma grande defesa de Marchesín impediu que Grimaldo restabelecesse o empate, mas o remate do espanhol foi a única oportunidade de golo do Benfica durante 45 minutos.
A segunda parte começou com nova cratera em frente à baliza de Vlachodimos que só não resultou em golo porque o grego evitou com uma boa defesa que Uribe marcasse. Grimaldo, na cobrança de um livre, voltou a dar trabalho a Marchesín aos 59’, mas o FC Porto continuava melhor e Mbemba e Marega, por duas vezes, estiveram perto do 2-0.
Com o Benfica incapaz de pegar no jogo, a partida manteve-se enfadonha, mas sem fazer muito por isso, os “encarnados” estiveram a um par de centímetros do empate: Grimaldo (foi o único que assustou os portistas) acertou na barra aos 88’.
A bola, no entanto, não entrou e no minuto seguinte Taarabt, pois claro, perdeu a bola e Díaz confirmou a (justa) vitória do FC Porto.