Covid-19: Joe Biden vai ser vacinado para a semana, Mike Pence já na sexta-feira

Presidente eleito e vice-presidente cessante vão ser vacinados em público, para promover a eficácia da vacina e aumentar a confiança dos norte-americanos. Aprovação da vacina da Moderna esperada até final desta semana.

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Joe Biden prometeu que nos seus primeiros cem dias de mandato serão distribuídas cem milhões de doses da vacina contra a covid-19 Reuters/KEVIN LAMARQUE

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, vai receber a vacina contra a covid-19 o mais tardar na próxima semana, anunciou a equipa de transição do democrata. O vice-presidente cessante, Mike Pence, por seu lado, será vacinado já esta sexta-feira.

Enquanto Presidente eleito, escreve o Politico, Joe Biden tem direito a tomar a vacina da Pfizer/BioNTech, cujas primeiras inoculações começaram a ser feitas no início desta semana, tendo sido dada prioridade aos profissionais de saúde em áreas de risco e aos residentes em lares de idosos. 

Biden reiterou, na quarta-feira, que os profissionais de saúde e os grupos mais vulneráveis devem continuar a ter prioridade na vacinação. No entanto, sublinhou a importância de aumentar a confiança dos norte-americanos quanto à vacina, daí admitir ser vacinado em público.

“Não quero passar à frente na fila, mas quero garantir que demonstramos ao povo americano que é seguro tomar [a vacina]”, afirmou Biden, numa conferência de imprensa em Wilmington, Delaware.

Antes das declarações do Presidente eleito – de 78 anos e, por isso, integrante dos grupos de risco – o director do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, Anthony Fauci, disse à ABC que Joe Biden e Kamala Harris deveriam ser vacinados “assim que possível”. Até ao momento, não há qualquer informação quanto à possibilidade de a vice-presidente eleita, de 56 anos, ser vacinada em breve.

No início deste mês de Dezembro, os ex-presidentes Barack Obama, Bill Clinton e George W. Bush ofereceram-se para serem vacinados publicamente. Na altura, Joe Biden demonstrou abertura para fazer o mesmo, aguardando, no entanto, a luz verde de Anthony Fauci quanto à segurança e eficácia da vacina.

Tal como Joe Biden, também Mike Pence, 61 anos, vai ser inoculado em público, e já nesta sexta-feira. Em comunicado, a Casa Branca diz que a vacinação do vice-presidente cessante e da sua mulher, Karen Pence, visa “promover a segurança e eficácia da vacina e aumentar a confiança dos norte-americanos”.

Quanto a Donald Trump, que esteve infectado com SARS-CoV-2 em Outubro, tendo chegado a estar internado no Hospital Militar Walter Reed, não há data prevista para a inoculação. A secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, disse que a equipa médica do Presidente cessante está a avaliar qual o melhor momento.

A vacina da Pfizer/BioNTech, que revelou ter uma eficácia de 95%, começou a ser distribuída nos Estados Unidos na passada segunda-feira, depois de ter sido aprovada pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) no passado fim-de-semana, após a pressão da Administração Trump e do Presidente cessante em particular.

As doses iniciais da vacina estão a ser dadas aos médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde na linha da frente no combate à covid-19, bem como as residentes e trabalhadores dos lares de idosos.

Até final desta semana, segundo a Reuters, as autoridades norte-americanas esperam receber 2,9 milhões de doses da vacina. Contudo, uma tempestade de neve está a afectar vários estados norte-americanos e pode atrasar o transporte das vacinas.

A FDA está ainda a avaliar o pedido de aprovação de emergência para a vacina da Moderna, cuja aprovação poderá acontecer até final desta semana.

Desde o início da pandemia, mais de 16,9 milhões de norte-americanos foram infectados pelo coronavírus e mais de 307 mil morreram devido à covid-19, doença causada pelo SARS-CoV-2.

Joe Biden, que toma posse como Presidente no próximo dia 20 de Janeiro, disse que a sua Administração espera distribuir cem milhões de doses da vacina, suficientes para inocular 50 milhões de pessoas – a vacina da Pfizer/BioNTech necessita de duas tomas -, nos primeiros cem dias do seu mandato.

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