Quem rejeitar vacina e contrair covid-19 paga tratamento: São Marino estuda ideia

A proposta está a ser estudada pela micronação encravada no norte de Itália. O objectivo é levar as pessoas a tomar a vacina voluntariamente.

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KAROLY ARVAI/REUTERS

O governo da república de São Marino está a estudar a possibilidade de obrigar os cidadãos que se recusarem a tomar a vacina contra a covid-19 a pagar pelo seu tratamento caso fiquem infectados com o coronavírus SARS-CoV-2 e precisem de apoio médico.

O plano foi avançado na segunda-feira durante uma entrevista ao secretário de Estado da Saúde de São Marino, Roberto Ciavatta, e está a ser analisado pelo Executivo do pequeno país encravado no norte de Itália. A medida exclui pessoas que não possam tomar a vacina por alergia, motivos de saúde ou outras limitações.

“A vacina será gratuita e estará disponível para toda a população”, assegurou Roberto Ciavatta. “Se alguém escolher não tomar [a vacina], em vez de fazer parte da categoria de cidadãos excluídos, por exemplo pessoas alérgicas, deverá pagar pelo tratamento de qualquer contágio.”

O objectivo é motivar as pessoas que podem a optar por tomar a vacina voluntariamente. 

É uma medida com precedentes no país. Segundo a legislação de São Marino, os pais de crianças que não são vacinadas devem ter um seguro contra danos a terceiros. Uma parte das vacinas de Itália serão alocadas para São Marino, pelo que os prazos de vacina da população seguirão os que estão previstos em Itália. Roma deve iniciar o processo de vacinação na segunda quinzena de Janeiro. 

Com cerca de 34 mil habitantes, São Marino soma 1932 casos de covid-19 e 51 mortes. O país está inserido na região italiana de Emilia-Romana, um dos territórios italianos mais afectados pela pandemia.

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