Marcelo quer mudanças no SEF e admite que virar de página exija “outros protagonistas”
O Presidente da República não comentou directamente as condições políticas que o ministro da Administração Interna tem para continuar no cargo, mas afirmou que é preciso reflectir sobre a mudança de protagonistas para o virar de página exigido.
Um dia depois da demissão da directora do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) ― e quase nove meses depois da morte do cidadão ucraniano Ihor Homenyuk no Centro de Instalação Temporária do aeroporto de Lisboa) ―, Marcelo Rebelo de Sousa quebrou o silêncio de Belém. O Presidente da República diz que é preciso descobrir se há “um pecado mortal” do sistema e esclarecer se as agressões e episódios de tortura são algo recorrente ou se se tratou de um caso isolado. Caso se trate de uma forma de funcionamento do SEF, então “aí é muitíssimo mais grave e tem de ser apurado rapidamente”, afirma. Para Marcelo Rebelo de Sousa a existência de mais casos significa que, “então, o SEF não serve” e a solução será “avançar para uma realidade completamente diferente”. E o futuro poderá exigir outros protagonistas, avisou.
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