Benfica fecha fase de grupos com empate na Bélgica

“Encarnados” ficam em segundo lugar do Grupo D da Liga Europa, atrás do Rangers, após um 2-2 frente ao Standard Liège.

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Um empate a fechar a fase de grupos para o benfica Reuters/FRANCOIS WALSCHAERTS

Zero derrotas e 18 golos marcados. Esta é a versão copo meio cheio da campanha do Benfica na fase de grupos da Liga Europa. Três empates e nove golos sofridos é a versão copo meio vazio. Nesta quinta-feira, os “encarnados” foram uma mistura das duas versões no empate (2-2) na Bélgica frente ao Standard Liège com que fechou a sua participação no Grupo D.

O Benfica não perdeu, marcou golos e foi superior ao seu fraco adversário belga. Mas sofreu golos em igual número, nunca esteve em vantagem e mostrou, para além das habituais vulnerabilidades defensivas, uma tremenda falta de pontaria.

Havia ainda um objectivo pelo qual a equipa de Jorge Jesus podia lutar, o de ficar em primeiro lugar no grupo e ir para o sorteio dos 16 avos-de-final na próxima segunda-feira (onde já estarão equipas da Liga dos Campeões) com o estatuto de cabeça-de-série — não dependia apenas de si e o Rangers, com o triunfo na Polónia por 0-2 sobre o Lech Poznan, não deixou fugir a posição cimeira.

Talvez por isso o técnico do Benfica tenha apostado num “onze” com forte presença dos habituais titulares, com uma rotatividade aplicada à baliza (Helton Leite em vez de Vlachodimos), ao lado direito da defesa (João Ferreira em vez de Gilberto) e ao meio-campo (Pedrinho e Taraabt em vez de Rafa e Pizzi).

Boa entrada

A verdade é que o Benfica entrou bem no jogo, dominando por completo o seu adversário e fazendo antever um jogo semelhante ao que tinha acontecido na Luz (triunfo por 3-0). Nos primeiros dez minutos, os “encarnados” tiveram três boas situações de golo — em duas, Bodart defendeu os remates de Luca e Taraabt, na outra Everton rematou por cima.

Mas, aos 12’, marcou o Standard na primeira vez que segurou a bola por mais de 20 segundos. Laurent Jans ultrapassou a marcação frouxa de Nuno Tavares e fez o cruzamento para Nicolas Raskin cabecear para o 1-0. Raskin, um médio de 1,79m de altura, ganhou nas alturas a adversários bem mais altos que ele, mas era mais uma questão do posicionamento do que maior ou menor capacidade de impulsão. Raskin estava no sítio certo, Jardel, Verthongen e Weigl não.

Já não era a primeira vez que isto acontecia ao Benfica, ver-se a perder quase do nada, mas, tal como mostrou em outras ocasiões, voltou a mostrar uma capacidade de resposta rápida. Aos 16’, Pedrinho viu bem a entrada de Taraabt na área, o marroquino ganhou a linha de fundo e fez o cruzamento atrasado para Everton fazer o empate num cabeceamento sem oposição.

Foi uma resposta rápida que só teve um tiro certeiro na primeira parte, mesmo com o ataque composto pelos habituais titulares Waldschmidt e Darwin.

Na segunda parte, o Standard voltou a colocar-se em vantagem aos 60’. Um passe errado de Taraabt permitiu a intercepção de Collins Fai, e o camaronês foi em velocidade na direcção da área benfiquista, deixando depois a bola em Tapsoba, que sem qualquer pressão da linha defensiva do Benfica, arrancou um remate em que a bola desviou em Verthogen e entrou na baliza de um desamparado Helton Leite.

Como tinha acontecido na primeira parte, a resposta benfiquista foi rápida. Aos 66’. João Ferreira caiu na área num lance com Laifis - não é claro que haja falta do defesa cipriota sobre o jovem lateral da formação “encarnada” - e Pizzi, na conversão do castigo fez o 2-2.

E podia ter havido reviravolta. Houve bolas nos ferros, remates perigosos e boas defesas de Bodart. Também é preciso dizer que o Standard teve as suas hipóteses para desfazer o empate. Na prática, nenhum golo iria fazer a diferença, mas este Benfica, que gastou muito para ser uma equipa de Champions, tinha obrigação de fazer muito melhor. Vai ter de fazer melhor.

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