Baixa a bolinha, Ljubomir

Esta investida contra a reputação de indivíduos que se atreveram a criticar o Governo de forma muito vocal precisa de ser revelada e travada, até porque ela não é inédita, e corresponde a uma táctica nascida em tempos de muito má memória.

Ao fim de sete dias de greve de fome, Ljubomir Stanisic e os empresários da restauração que acampavam à frente da Assembleia da República lá levantaram a tenda, após serem recebidos por Fernando Medina. O movimento “A Pão e Água” desempenhou o seu papel na luta por maiores apoios para o sector da restauração, aproveitando ter como porta-voz uma estrela televisiva, e o Governo reuniu-se com os manifestantes fingindo não se reunir, após um piripaque do chef Ljubomir que o levou ao hospital. Até aqui, tudo bem. Aquilo que separa uns e outros deriva das limitações próprias de um país com uma dívida pública astronómica, que gostava muito de ter dinheiro para encher as caixas dos bares e dos restaurantes, mas não tem.

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