À quinta é de vez. Festival Emergente é esta quinta-feira em Lisboa

Adiado por quatro vezes, devido à pandemia, festival dedicado à novíssima geração de bandas portuguesas vai realizar-se finalmente. É esta quinta-feira, no Capitólio, em Lisboa, podendo também ser visto via streaming.

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Meta, ou seja, Mariana Bragada

Muitos outros possivelmente já teriam desistido. Mas não a produtora Transiberia, organizadora da segunda edição do festival Emergente. É que devido à situação de pandemia, ao contexto de incerteza e estados de emergência subitamente decretados, o acontecimento teve de ser adiado por quatro vezes, desde Maio. Mas à quinta será de vez.

É esta quinta-feira, 3 de Dezembro, no Capitólio, em Lisboa, entre as 16h e as 22h, que o evento acontecerá, com oito projectos portugueses, todos eles a começar e na casa dos 20 anos, havendo apenas três deles com material editado. O festival tanto pode ser vivido presencialmente por 250 pessoas (bilhetes a 15 euros) como em live streaming (6 euros), através da plataforma Ticketline Live Stage.

Em ano singular, decidiu a produção reinventar o festival em vez de o cancelar. No ano passado a aposta fez-se também em nomes emergentes, mas alguns deles já conhecidos como Filipe Sambado, Pedro Mafama, Sun Blossoms, Cave Story ou Sunflowers. Desta vez a aposta foi ainda mais comprometida com o presente e futuro da música portuguesa, tendo sido organizada uma “open call” a que a organização chamou “super emergentes”, que depois de escolhidos — dois pelo público, três por um júri e três pela organização — actuarão agora no Capitólio, estando prometida a gravação de um master de EP ou álbum, bem como concertos, para os dois projectos que mais se destacarem.

Do alinhamento faz parte o rock dos Vila Martel (16h), as canções acústicas do cantautor Rui Sousa (16h45) ou a recolha e costura de sons praticada por Meta (17h30), ou seja, Mariana Bragada, que utiliza tecnologia e voz para propor caminhos surpreendentes. Do Algarve, mais exactamente de Lagos, virá a luso-croata Lana Gasparotti e o seu grupo, para uma mistura desenvolta de jazz, hip-hop ou electrónicas.

Também com ligeiras aproximações ao jazz, que mesclam com electrónicas experimentais e elementos rock, de forma instrumental, apresentar-se-ão os lisboetas Cíntia (19h15). A música pop-rock de grande balanço rítmico dos Fungue (20h), o cruzamento de pop etérea com rock alternativo dos Dream People (20h45), e a pop de guitarras dos Hause Plants (21h30), que por vezes parece evocar alguns dos ambientes desenvolvidos pelos americanos Diiv, completam o cartaz. Pelo meio das prestações haverá filmes do cineasta Edgar Pêra, reflectindo ambientes, dinâmicas culturais e sonoridades que emergiram em Lisboa.   

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