Braga ainda caminha pelas passadeiras desniveladas à margem da lei
Marcas de uma rodovia desenhada para o automóvel, as passagens aéreas e subterrâneas não cumprem a lei das acessibilidades. Inspecção-Geral das Finanças fiscalizou caso após queixa de cidadão, mas considerou que as passadeiras de nível são incompatíveis com o tráfego das vias, seguindo a argumentação da Câmara de Braga. Autarquia promete eliminação, mas exige financiamento para restruturar as estradas.
Quem chega a Braga pela Estrada Nacional 14, que liga a cidade minhota ao Porto, é recebido pela estátua de António Santos da Cunha, presidente da Câmara Municipal entre 1949 a 1961, que lançou os planos para a urbanização da zona sul da cidade e para a rodovia que hoje a atravessa. Em redor, vislumbram-se duas passagens aéreas para peões, adereços da paisagem urbana bracarense há mais de 20 anos. A da Avenida Conde D. Henrique, por exemplo, tem rampas com plataformas de descanso a meio. Mas será ela acessível a todos os cidadãos? Para Pedro Pinheiro Augusto, não. “A rampa não cumpre a lei das acessibilidades por vários factores. Um deles é porque é demasiado íngreme. Tem mais de 8% de inclinação”, reitera ao PÚBLICO o cidadão.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.