Escrevia Jorge Valdano há duas semanas na sua crónica no jornal El País que “ninguém fez mais por destruir o mito que construiu no campo” do que o próprio Diego Armando Maradona. Mas o antigo avançado, campeão mundial ao lado de Maradona, acrescentou logo a seguir: “Nunca o conseguiu.” Maradona acabou por se autodestruir e o seu último suspiro teve-o nesta quarta-feira, menos de um mês depois de fazer 60 anos, acamado na casa onde recuperava de uma operação a um edema cerebral. Mas ele foi sempre um deus, cheio de imperfeições como todos os homens, que será sempre abraçado por uma devoção popular como dificilmente se verá em relação a qualquer outro ídolo futebolístico de dimensão equivalente. Como homem, foi apenas um homem, com virtudes, defeitos, vícios e contradições. Como futebolista, teve apenas uma dimensão: foi divino.
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