Um cânone que resgata autores soterrados pelo gosto dominante

Este Cânone é antes de mais um conjunto de ensaios sobre escritores portugueses. Reabilitam-se autores que andavam esquecidos, e outros mais consensuais são abordados de um ângulo imprevisto. Lidos os textos, vale a pena olhar para os nomes incluídos, a ver se “alguma coerência os liga”, como sugere António Feijó, ou se a literatura não tem mesmo “fio condutor”, como sustenta Miguel Tamen.

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Anna Costa

Três professores da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (UL) — o seu actual director, Miguel Tamen, o ensaísta António M. Feijó, que já ocupou o mesmo cargo e é hoje pró-reitor da UL, e o camonista João R. Figueiredo — discutiram entre si quem eram os autores que mais mereciam ser lembrados na literatura portuguesa e escreveram, ou encomendaram a terceiros, ensaios que procuram justificar cada uma dessas escolhas. O resultado é um livro de mais de 500 páginas publicado pela Tinta-da-China e pela Fundação Cupertino de Miranda, em V. N. Famalicão, e que dá pelo título algo peremptório de O Cânone

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