Opel Mokka acelera para a segunda geração
Uma segunda geração que rasga com o passado — em comum com o modelo que sucede apenas o facto de continuar a inserir-se no subsegmento dos B-SUV.
Vem para encontrar o espaço que deixou escapar na primeira geração, qual areia pelos dedos, devido a um detalhe técnico-burocrático. Devido à sua altura no primeiro eixo, sofreu a penalização de ser classe 2 nas portagens, pelo menos até Janeiro de 2019. Mas isso são dores passadas. Agora, o crossover renasce para uma segunda vida em que não é pelo preço das portagens que perderá clientes. Mas como os ganhará?
Primeiro, pelas suas características mais marcantes, bandeiras que a Opel pretende hastear bem alto: o crossover quer ser “ágil, desportivo e compacto”. Depois, graças à plataforma CMP (Common Modular Platform), o Mokka é sempre o mesmo independentemente do bloco que lhe dá vida. A ideia é que o cliente possa escolher o modelo que mais lhe agrada e combiná-lo com a motorização (gasolina, gasóleo e eléctrica) que mais sentido faz para a sua utilização e com o equipamento (há quatro níveis: um básico, um desportivo, um elegante e um topo de gama) que se adeque mais às suas necessidades (e gostos). E todas as opções vão estar disponíveis no arranque da comercialização.
Também em linha com a política do grupo PSA, o Mokka quer afirmar-se como um carro verdadeiramente divertido e irreverente. E promete destacar-se da multidão, nem que não seja pela cor — a de série (isto é, incluída no preço) é o verde, cuja inspiração remonta ao Laubfrosch, de 1924, baptizado com este nome por se ter vestido na tonalidade da rã-arborícola-europeia (também conhecida como rela).
Mas há mais detalhes que o fazem sobressair na estrada: o verde combina com um tejadilho em preto, que se alonga pelo capô, ao mesmo tempo que um friso em cromado delimita lateralmente o arco das janelas. Já a branco, em que o preto volta a ser a cor do tejadilho e do capô, o friso pode vir num vermelho vivo, que faz sobressair a veia mais desportiva do carro.
Na dianteira, sobressai a opção, em contracorrente da maioria do mercado, por uma grelha, que remete para o Manta de 1970 e que quase passa despercebida, emoldurada por faróis sempre em LED, que podem, em opção, apresentar tecnologia Intellilux de matriz de LED. No entanto, de uma coisa se pode ter a certeza: à boa maneira alemã, todas as linhas do Mokka têm uma função; nada está ali por acaso.
Já o habitáculo parece ter passado por uma desintoxicação de botões — apenas se mantiveram aqueles que os clientes Opel dizem não prescindir. De resto, todas as funções do carro podem ser geridas quer no ecrã, quer no volante. No que diz respeito ao ambiente, dois ecrãs, até 12 polegadas, unem-se para criar uma envolvência digital dirigida ao condutor (útil ou distractiva, apenas saber-se-á após experimentar).
Opel Mokka: Preparado para concorrer com o pequeno e piscar o olho ao grande
Um modelo que está com o sentido num lado sem que deixe de ter um pezinho no outro. O Mokka será talvez a prova de uma versatilidade que a Opel pretende usar em seu benefício e conquistar assim novos clientes para a marca.
Na proposta eléctrica, a partir de 36.100€ (com campanhas próprias e incentivos do Estado, a Opel estima conseguir propor o carro desde 32 mil euros) há uma bateria com 50 kW que garante uma autonomia, segundo as exigentes medições WLTP, de 324 quilómetros. Em termos de motor, apresenta-se com uma potência de 100 kW (136cv) e um binário de 260 Nm desde o arranque — a aceleração de 0 a 50 km/h cumpre-se em 3,75 segundos. Informação importante: todos os Mokka eléctricos podem recorrer ao recarregamento rápido, que permite repor até 80% da bateria em 30 minutos.
Já os motores térmicos, todos em linha com a norma Euro 6d, incluem um 1.2 tricilíndrico a gasolina, nas derivações de 100 (com caixa manual) e de 130cv (transmissão manual ou automática), e um Diesel de 110cv, com emissões declaradas em torno dos 100 g/km (ciclo NEDC). Os preços arrancam nos 21.100€ (1.2 gasolina de 100cv).