Eis a tradição de Rodrigo Cuevas, este é o seu corpo

Manual de Cortejo, álbum magnífico, é uma surpresa e uma revelação. A tradição musical galega e asturiana agitada electronicamente, recontextualizada como expressão individual, espaço inclusivo e força colectiva. Rodrigo Cuevas, tradicionalista desalinhado, apresenta-o em Portugal, no âmbito do Misty Fest. Esta quinta-feira em Lisboa, no Museu do Oriente, sexta-feira no Auditório de Espinho e domingo no Convento São Francisco, em Coimbra.

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Adufeiras e sintetizadores, coplas tradicionais e uma máscula cinta de ligas, melodias tradicionais correndo entre circuitos digitais. A tradição como matéria que nos dá chão e sentido, a tradição asturiana e galega como matéria viva, como resistência perante os desmandos do mundo actual. A tradição agitada, remisturada, recontextualizada como expressão individual e força colectiva. Eis o que nos faz ouvir e o que nos diz Manual de Cortejo, o magnífico álbum que Rodrigo Cuevas editou em 2019 perante o aplauso do público e da crítica espanholas, e que apresenta agora em Portugal no âmbito do Misty Fest. O primeiro concerto português do espectáculo multimédia a que chamou Tropico da Covadonga tem lugar esta quinta-feira no Museu do Oriente, em Lisboa (21h, bilhetes a 15€ e 20€). Seguem-se, sexta-feira, o Auditório de Espinho (21h, bilhetes a 6€ e 10€) e dia 8 de Novembro o Convento São Francisco, em Coimbra (21h30, bilhetes a 10€).

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