Eleita candidata pró-Trump próxima do movimento QAnon
A eleição de Marjorie Taylor Greene para a Câmara de Representantes era dada quase como certa.
Uma candidata pró-Trump, próxima do movimento de teorias da conspiração QAnon, foi eleita nesta terça-feira para a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, onde representará o estado da Geórgia.
A eleição de Marjorie Taylor Greene pelo Partido Republicano era dada quase como certa, após a sua vitória nas primárias republicanas em Agosto. A eleita tomará posse no novo Congresso a 3 de Janeiro de 2021.
“Grande vitória esta noite”, escreveu na rede social Twitter a republicana, de 46 anos.
Durante a sua campanha para as primárias, Taylor Greene afirmou fazer parte do movimento pró-Trump QAnon que se tem vindo a espalhar nas redes sociais desde 2017.
Este movimento de extrema-direita defende a ideia de que Donald Trump está a travar uma guerra secreta contra uma seita mundial de pedófilos satanistas.
De acordo com os seus seguidores, os Estados Unidos têm sido liderados durante décadas pelo Deep State, uma organização secreta que reúne altos funcionários governamentais, os Clinton, Obama, Rothschild, o poderoso investidor George Soros, estrelas de Hollywood e outros membros da elite global.
As primeiras mensagens crípticas apareceram em 2017, escritas por um misterioso “Q”.
“Q é um patriota”, disse Marjorie Taylor Greene em 2017. “Esta é a oportunidade que surge uma vez na vida para eliminar esta cabala global de pedófilos satânicos e penso que temos o Presidente certo para isso”, afirmou então.
Também disse que os homens brancos eram o grupo mais alvo de abusos nos Estados Unidos actualmente e negou que os afro-americanos sejam vítimas de racismo no país. “Sabe que mais? O racismo acabou”, disse, num vídeo publicado pela Politico. “Os negros têm os mesmos direitos”.
Greene também denunciou “uma invasão islâmica”, referindo-se à eleição de duas mulheres muçulmanas para a Câmara dos Representantes em 2018.